segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Estão querendo enfiar a mão no seu bolso...


07/02/2011
 às 19:16

Líder do PT aponta reforma política como prioridade do ano

Leiam o que vai na Folha Online. Volto no post seguinte:
Por Maria Clara Cabral:
O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP), afirmou nesta segunda-feira (7) que a reforma política é a prioridade do partido neste primeiro ano de governo Dilma Rousseff. Segundo ele, os pontos principais são o financiamento público de campanha, a intensificação dos mecanismos de participação da sociedade no parlamento e o voto em uma lista pré-ordenada. política
Teixiera explicou que uma das ideias é aumentar o número de plebiscitos e referendos para “saber o que o povo pensa sobre determinado assunto”. Para ele, o atual modelo de financiamento privado não ajuda a fortalecer os partidos. O líder do PT cita ainda a necessidade de ampliar a presença feminina no parlamento.
O tema foi tratado em seminário do partido, que acontece na tarde de hoje em Brasília, chamado de “Planejamento Estratégico”. O encontro teve início com uma explanação do presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), que falou sobre as perspectivas e desafios para a Legislatura.
O presidente da legenda, José Eduardo Dutra, e o ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) também estiveram presentes.O encontro continua amanhã com um aprofundamento nas discussões sobre reformas política e tributária, na comunicação social, Código Florestal, royalties do pré-sal, PEC 300, salário mínimo e Imposto de Renda.
BRIGA INTERNA
O seminário tratará amanhã também das indicações para presidências de comissões. Há um impasse no partido sobre quem deve comandar a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), principal comissão da Câmara.
As duas tendências disputam a vaga, com João Paulo Cunha (PT-SP) e Ricardo Berzoini (PT-SP). Para tentar acabar com o impasse, o líder Paulo Teixeira sugeriu que Berzoini fique com a presidência da Comissão de Finanças. O arranjo, porém, depende do PMDB, que tem a segunda escolha. É preciso saber se vão ficar com a Comissão de Saúde ou com Finanças. Caso optem por Finanças, uma das alternativas é compensar Berzoini com um cargo na Comissão de Orçamento.
“Estamos consultando todos os membros, vamos fazer um bloco para contemplar o conjunto da bancada. Vamos ver todos os espaços”, disse Paulo Teixeira.
Por Reinaldo Azevedo



07/02/2011
 às 19:40

PT promete enfiar a mão no seu bolso; com quem você pode contar?

Leia primeiro o post acima:
Abaixo, há um post em que Paulo Teixeira, líder do PT na Câmara, fala sobre a importância da reforma política e defende o financiamento público de campanha, o voto em lista e a intensificação de plebiscitos e referendos para tornar a democracia mais, como posso dizer?, democrática. A experiência recente na América Latina indica que esses mecanismos de “consulta popular” sempre foram usados contra a liberdade individual em nome do suposto interesse público — que acaba se resumindo aos interesses de grupos militantes. Adiante.
Uma parte da oposição, especialmente aquela que pretende se abrigar sob as asas do senador Aécio Neves (PSDB-MG) fez das tais reformas — também a tributária — o seu “Godot”, como já chamei aqui. Até que não se fale no assunto, então eles fecham o bico sobre o resto. E olhem que motivos não faltam para botar o dito-cujo no trombone! Nada! Faz-se um silêncio sepulcral. “É que as reformas vêm aí…”
Pois é… Talvez venham. E, como se vê, o maior partido do país quer enfiar a mão no nosso bolso para financiar as campanhas eleitorais, como se os partidos políticos já não custassem, entre fundo partidário e horário político na TV, mais de R$ 500 milhões — em ano não-eleitoral; quando há eleição, é muito mais por causa do horário eleitoral. Ou seja: já existe financiamento público.
Reparem que o PT também é favorável ao voto em lista, mecanismo que procura cassar dos eleitores o direito de decidir em quem vão votar. É verdade que eles elegem muita gente que não presta. Mas que sejam eles a fazê-lo, não as cúpulas partidárias. Uma reforma decente aproxima o eleitor do eleito, não o contrário. E há finalmente a proposta para  a plebiscitização da democracia, porteira aberta para a demagogia. A depender da regulamentação desse procedimento, a Constituição fica à mercê de grupos de assalto.
Pois bem: se as oposições estão esperando o Godot das reformas, seria prudente que, desde já, se entregassem ao debate. O que pensam a respeito de cada um desses temas? Mas nem isso fazem, limitando-se a esperar a proposta oficial, quando, então, prometem agir — ou, se quiserem, reagir, fazendo-se caudatária da agenda oficial. Desse mato, sai tucano, mas não sai coelho.
Por Reinaldo Azevedo

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