terça-feira, 26 de abril de 2011

Polêmica de Itaipu


Documentário que reconstitui a construção da Usina Hidrelétrica binacional de ITAIPU

Usina Hidrelétrica de Itaipu

Usina Hidrelétrica de Itaipu (Guarani: Itaipu, Espanhol: Itaipú) é uma usina hidrelétrica binacional localizada no Rio Paraná, na fronteira entre Brasil Paraguai. Construída por ambos os países no período de 1975 a 1982Itaipu é hoje a maior usina geradora de energia do mundo. Seu nome, que na língua guarani significa "a pedra que canta", faz referência à pequena ilha que havia ali, antes da obra.
Com seu lago perfazendo uma área de 1350 km², indo de Foz do Iguaçu, no Brasil, e Ciudad del Este, no Paraguai, até Guaíra Salto del Guairá, 150 km ao norte, além de suas 20 unidades geradoras de 700 MW cada, Itaipu tem uma potência de geração de 14.000 MW. No ano de 2008, a usina atingiu seu recorde de produção, com 94,68 bilhões de quilowatts-hora (kWh), fornecendo 90% da energia consumida pelo Paraguai e 19% da energia consumida pelo Brasil.
A Usina de Itaipu é resultado de intensas negociações entre os dois países durante a década de 1960. Em 22 de julho de 1966, os ministros das Relações Exteriores do BrasilJuracy Magalhães, e do ParaguaiSapena Pastor, assinaram a "Ata do Iguaçu", uma declaração conjunta de interesse mútuo para estudar o aproveitamento dos recursos hídricos dos dois países, no trecho do Rio Paraná "desde e inclusive o Salto de Sete Quedas até a foz do Rio Iguaçu". O Tratado que deu origem à usina foi assinado em 1973.
Os termos do tratado, que expira em 2023, têm sido objeto de descontentamento generalizado por parte do Paraguai. O governo do presidente Fernando Lugo prometeu renegociar os termos do tratado com o Brasil, que permaneceu por muito tempo hostil a qualquer tipo de renegociação.
Em julho de 2009, houve uma renegociação do Tratado de Itaipu, pela qual o Brasil aceitou passar a pagar o triplo do que pagava ao Paraguai pelo percentual de eletricidade produzida por Itaipu, pertencente a este país. Por esse acordo também, o Brasil passou a permitir que o excedente da energia paraguaia seja vendido diretamente às empresas brasileiras (ou a outros países), se assim preferirem os paraguaios, pondo fim ao monopólio elétrico brasileiro.
Em 1970, o consórcio formado pelas empresas PNCELC Electroconsult (da Itália) venceu a concorrência internacional para a realização dos estudos de viabilidade e para a elaboração do projeto da obra. O início do trabalho se deu em fevereiro de 1971. Em 26 de abril de 1973Brasil Paraguai assinaram o Tratado de Itaipu, instrumento legal para o aproveitamento hidrelétrico do Rio Paraná pelos dois países. Em 17 de maio de 1974, foi criada a entidade binacional Itaipu, para gerenciar a construção da usina. O início efetivo das obras ocorreu em janeiro do ano seguinte. Um consórcio de lavrouras, liderado pela Mendes Júnior, executou o projeto.
Selo da Usina de Itaipu. Scott C363.
Para a construção foram usados 40 mil trabalhadores diretos. Para o material foi usado 12,57 milhões de m³ de concreto (o equivalente a 210 estádios do Maracanã) e uma quantidade de ferro equivalente a 380 Torres Eiffel.
Comparando a construção da hidrelétrica de Itaipu com o Eurotúnel (que liga França Inglaterra sob o Canal da Mancha) foram utilizados 15 vezes mais concreto e o volume de escavações foi 8,5 vezes maior.
Em uma operação denominada Mymba Kuera (que em tupi-guarani quer dizer “pega-bicho”), durante a formação do reservatório, equipes do setor ambiental de Itaipu esforçaram-se em percorrer a maior parte da área que seria alagada para salvar centenas de exemplares de espécies de animais da região.
Documentário que reconstitui a construção da Usina Hidrelétrica binacional de ITAIPU II
No dia 14 de outubro de 1978 foi aberto o canal de desvio do rio Paraná, que permitiu secar um trecho do leito original do rio para ali ser construída a barragem principal, em concreto. Que começou a alagar.
Outro marco importante, na área diplomática, foi a assinatura do Acordo Tripartite entre BrasilParaguai Argentina, em 19 de outubro de 1979, para aproveitamento dos recursos hidráulicos no trecho do Rio Paraná desde as Sete Quedas até a foz do Rio da Prata. Este acordo estabeleceu os níveis do rio e as variações permitidas para os diferentes empreendimentos hidrelétricos na bacia comum aos três países. À época, quando os três países eram governados por ditaduras militares, havia o temor que o Brasil em um eventual conflito com a Argentina, abrisse completamente as comportas de Itaipu, inundando a cidade de Buenos Aires.
O reservatório da usina começou a ser formado em 12 de outubro de 1982, quando foram concluídas as obras da barragem e as comportas do canal de desvio foram fechadas. Nesse período, as águas subiram 100 metros e chegaram às comportas do vertedouro às 10 horas do dia 27 de outubro, devido às chuvas fortes e enchentes que ocorreram na época.
Quando do fechamento das eclusas da barragem de Itaipu, uma área de 1500 km² de florestas e terras agriculturáveis foi inundada. A cachoeira de Sete Quedas, uma das mais fascinantes formações naturais do planeta, desapareceu. Semanas antes do preenchimento do reservatório, foi realizada uma operação de salvamento dos animais selvagens, denominada Mymba Kuera (que em tupi-guarani quer dizer“pega-bicho”). Equipes de voluntários conseguiram capturar mais de 2 bichos, entre macacos, lagartos, porcos-espinhos, roedores, aranhas, tartarugas e diversas espécies. Esses animais foram levados para as regiões vizinhas protegidas da água.
Durante a instalação da Itaipu, foi necessária a desapropriação de 42.444 pessoas onde 38.440 eram trabalhadores e trabalhadoras do campo, o que gerou inúmeros problemas sociais. Parte dessas famílias viviam às margens do rio Paraná e foram desalojadas, a fim de abrir caminho para a represa. Algumas se refugiaram na cidade de Medianeira, uma cidade não muito longe da confluência dos rios Iguaçu e Paraná. Algumas dessas famílias vieram, eventualmente, a ser membros de um dos maiores movimentos sociais do Brasil, o MST ou Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
O espelho d'água da usina alagou diversas propriedades de moradores do extremo oeste do Estado do Paraná. As indenizações foram suficientes para que os agricultores comprassem novas terras no Brasil. Sendo as terras no Paraguai mais baratas, milhares emigraram para esse país, criando o fenômeno social dos brasiguaios - brasileiros e seus familiares que residem em terras paraguaias na fronteira com o Brasil.
Em 5 de maio de 1984, entrou em operação a primeira unidade geradora de Itaipu. As 20 unidades geradoras foram sendo instaladas ao ritmo de duas a três por ano.
As duas últimas das 20 unidades de geração de energia elétrica começaram a funcionar entre setembro de 2006 e março 2007, elevando a capacidade instalada para 14.000 MW, concluindo a usina. Este aumento da capacidade permitiu que 18 unidades geradoras permaneçam funcionando o tempo todo, enquanto duas permanecem em manutenção. Devido a uma cláusula do tratado assinado entre BrasilParaguai Argentina, o número máximo de unidades geradoras autorizadas a operar simultaneamente não pode ultrapassar 18 (veja a seção de acordo para mais informações).
A potência nominal de cada unidade geradora (turbina e gerador) é de 700 MW. No entanto, porque diferença entre o nível do reservatório e o nível do rio ao pé da barragem que ocorre realmente é maior do que a projetada, a energia disponível for superior a 750 MW por meia hora para cada gerador.
Cada turbina gera cerca de 700 megawatts, para comparação, toda a água das Cataratas do Iguaçu teria capacidade para alimentar somente dois geradores. A Itaipu produz uma média de 90 milhões de megawatts-hora (MWh) por ano. Com o aumento da capacidade e em condições favoráveis do rio Paraná (chuvas em níveis normais em toda a bacia) a geração poderá chegar a 100 milhões de MWh. O atual diretor é Jorge Miguel Samek.
Um grande blecaute de energia elétrica afetou 30% do território brasileiro e grande parte do Paraguai na noite de terça-feira10 de novembrode 2009. É considerado o segundo maior apagão ocorrido no Brasil, sendo superado somente pelo blecaute de 11 de março de 1999.
O início do blecaute se deu às 22h13min em uma subestação de energia elétrica da Usina Hidrelétrica de Itaipu localizada no município de Foz do Iguaçu, no Paraná, devido a problemas em três linhas de transmissão nos estados de São Paulo e Paraná.. O blecaute afetou vários municípios de 18 estados.
Nos 170 quilômetros de extensão, entre Foz do Iguaçu e Guaíra, o Reservatório de Itaipu atinge áreas de 16 municípios, dos quais 15 no estado do Paraná e um no Mato Grosso do Sul. Como compensação, Itaipu paga royalties a esses municípios, proporcionalmente à área de terra alagada. Desde 1985, a Itaipu pagou ao Brasil mais de US$ 3,77 bilhões em royalties.
No Paraguai, a compensação é repassada integralmente ao Tesouro Nacional. No Brasil, 45% da compensação é repassada aos Estados, 45% aos municípios e 10% para órgãos federais, de acordo com a Lei dos Royalties, em vigor desde 1991.
A Usina de Itaipu faz parte da lista das Sete maravilhas do Mundo Moderno, elaborada em 1995 pela revista Popular Mechanics, dos Estados Unidos. Esta lista foi feita com base numa pesquisa realizada pela Associação Norte-Americana de Engenheiros Civis (Asce) entre engenheiros dos mais diversos países.
Além de Itaipu, fazem parte da lista: a Ponte Golden Gate (EUA); o Canal do Panamá, que liga o Oceano Atlântico ao Pacífico; o Eurotúnel, que une França e Inglaterra sob o Canal da Mancha; os Projetos do Mar do Norte para o Controle das Águas (Holanda); o Edifício Empire State (EUA); e a Torre da Canadian National (CN Tower) no Canadá.
O líder dos Democratas, ACM Neto (BA), orientou a bancada a votar contra o Projeto de Decreto Legislativo 2600/10, que permite repasse maior de recursos ao Paraguai pela energia comprada da usina de Itaipu.  A proposta será votada nesta quarta-feira (5/4), De acordo com
o projeto, o Brasil, ao longo de 13 anos (até 2023), irá doar ao Paraguai cerca de R$ 6 bilhões. "Dinheiro público para cumprir promessa de campanha", disse Neto. O democrata argumentou que o acordo que permitiu a construção de Itaipu, em 1973, é uma peça jurídica muito bem construída e que não há necessidade de mudar. O governo brasileiro assumiu a responsabilidade pelo financiamento dessa obra de
R$ 27 bi. "Além do agravante que o Paraguai não ajudou com um centavo na construção da Usina de Itaipu e em 2023 deve ficar com metade dela. Todo o dinheiro utilizado para construção foi dinheiro brasileiro. Em contrapartida, o excedente não consumido pelo Paraguai seria repassado ao Brasil a preços que justificassem esse sacrifício financeiro realizado pelo governo brasileiro", afirmou. "Uma parte é flagrantemente prejudicada e outra beneficiada contrariando princípios da política externa. O Brasil, gentilmente, apenas para atender questão ideológica, aceitou notificar o valor do pagamento da energia saindo de R$ 120 milhões para R$ 360 milhões. Além da majoração do valor, o Brasil assume compromisso de construir linha de transmissão no valor de R$ 450 milhões. Até 2023, serão R$ 6 bilhões de prejuízo ao Brasil", indignou-se. "O que justifica dar esse valor ao Paraguai? Não há contrapartida. Quem paga a conta é o contribuinte para o governo Dilma fazer política ideológica. Não aceitamos", concluiu.

A polêmica sobre a Usina de Itaipu

A Usina Hidrelétrica de Itaipu corresponde a uma imensa construção que foi desenvolvida a partir do interesse comum entre Brasil e Paraguai e pertence a ambos. 
O recurso hídrico usado para promover o funcionamento da usina é o rio Paraná, que se encontra na divisa entre os dois países. 
Para efetivar um projeto da proporção da Usina Hidrelétrica de Itaipu foram necessários vários anos de discussões e negociações com o intuito de estabelecer uma equivalência quanto ao benefício comum para as duas nações, tais debates foram desenvolvidos no decorrer da década de 60. 
No Tratado de Itaipu ficou definido que toda a energia gerada deveria ser dividida em duas partes iguais e se caso uma das partes não utilizasse toda a parte de direito deveria de preferência ser comercializada com o sócio a preço de custo. 
Desse modo, o Paraguai que usa somente 5% do total de 50% que lhe cabe, comercializa com o Brasil os 45% restantes, que paga por essa energia algo em torno de 300 milhões de dólares. 
Desde o período eleitoral ocorrido no Paraguai, o ex-bispo Fernando Lugo tem declarado que uma das propostas de seu governo, ou talvez a mais importante delas, era de reivindicar uma revisão no Tratado de Itaipu quanto ao valor pago pelo Brasil pela energia excedente do Paraguai
Lugo declarou a Lula que quer a revisão do tratado, até por que segundo ele outros países como Venezuela (petróleo), Chile (cobre) e Bolívia (gás) repassam seus respectivos produtos a preço de mercado e questiona por que apenas o Paraguai tem que repassar seu produto a preço de custo. 
No dia 20 de abril ocorreram as eleições no Paraguai e o presidente eleito foi Fernando Lugo que certamente a partir de sua posse tornará concreta a busca por uma revisão do tratado
Lugo afirma que propõe uma solução pautada na mais pura diplomacia, porém, deixa claro que caso não alcance uma resposta satisfatória buscará respaldo em organismos jurídicos internacionais. 
A imprensa paraguaia tem divulgado com certa freqüência na mídia que o Brasil deveria pagar pela energia algo em torno de 2 bilhões de dólares e que o pagamento de cerca de 300 milhões de dólares demonstra uma atitude imperialista. 
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, rebateu as ofensivas paraguaias declarando que está aberto para conversar sobre qualquer assunto, no entanto, a alteração no tratado está fora de questão. 
Nesse processo tão polêmico os dois lados devem ser analisados, pois o Paraguai buscará defender seus interesses e o Brasil terá que defender seus recursos empregados no empreendimento, dessa forma, os preços praticados que respeitam o tratado devem ser mantidos, pois o país vizinho adquiriu dívidas no ato da construção. 
O empreendimento custou 12 bilhões de dólares, o Paraguai entrou com apenas 50 milhões de dólares financiados pelo Banco do Brasil e o restante foi pago com recurso brasileiro, certamente tais dívidas deverão ser quitadas para depois propor uma revisão, o que parece não ter uma solução tão rápida.
Bem ao estilo, falou e não disse nada...

Governo quer aprovar em maio acordo sobre Itaipu no Senado

BRASÍLIA (Reuters) - A base do governo no Senado pretende aprovar até o dia 14 de maio o aumento dos valores pagos pelo Brasil ao Paraguai pela energia da hidrelétrica de Itaipu.
Se esse cronograma for cumprido, o acordo selado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, estaria aprovado antes da presidente Dilma Rousseff viajar ao Paraguai no mês que vem, segundo a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Dilma deve ir ao país para participar das comemorações do bicentenário da independência, no dia 14 de maio.
'Queremos fazer o debate na Comissão de Relações Exteriores e votar no plenário antes do dia 14 do mês que vem', disse Gleisi, que deverá ser a relatora no Senado do Projeto de Decreto Legislativo, que autoriza o governo a aumentar de cerca de 120 milhões de dólares para 360 milhões de dólares anuais o montante que o Brasil paga pela energia de Itaipu não utilizada pelo Paraguai.
'Seria uma boa coisa para se apresentar ao Paraguai para começar uma nova interlocução', disse a senadora.
Na quarta-feira, uma delegação de parlamentares do Paraguai estará em Brasília para encontros com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
A senadora disse que aproveitará a situação para conversar com os colegas paraguaios sobre temas que interessam ao Brasil, como a redução da entrada de roupas chinesas no país pelo Paraguai. 'Se aprovarmos a revisão em Itaipu, teremos mais crédito para fazer cobranças', disse a senadora.
Apesar de discordar do aumento dos pagamentos ao Paraguai, a oposição admite que não deverá conseguir evitar a aprovação do projeto, que passou pela Câmara no início do mês.
'Não dá para segurar, a base está muito obediente', disse o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR).
O aumento dos pagamentos do Brasil ao Paraguai por conta de Itaipu foi tema da campanha de Lugo à presidência. Cada país tem direito a 50 por cento da energia da hidrelétrica de 14 mil megawatts (MW). Mas como o Paraguai não utiliza toda a energia que lhe cabe, vende o que sobra ao Brasil. O reajuste que está sendo discutido refere-se a esse excedente que o Brasil compra dos paraguaios.
(Reportagem de Leonardo Goy)






segunda-feira, 25 de abril de 2011

Tailândia e Cambodja trocam acusações sobre conflito...

Terceiro dia de confrontos junto à fronteira entre a Tailândia e o Cambodja, numa faixa de 4km disputada pelos dois países.

Desde sexta-feira, que os militares dos dois lados trocam tiros de artilharia, sem que seja conhecida até agora a razão para o reacender do conflito após um cessar-fogo em Fevereiro.

O Cambodja acusou o país vizinho de recorrer a bombas de fragmentação e armas químicas, uma informação desmentida pelo exército tailandês.

http://pt.euronews.net/

Tailândia

O Reino da Tailândia em tailandês: ราชอาณาจักรไทย, transl. Loudspeaker.svg? Ratcha Anadjak Thai, (AFI: [râːtɕʰa-ʔaːnaːtɕɑ̀k-tʰɑj]) é um país asiático, dividido entre a Indochina e a península Malaia. É limitado a norte e a leste pelo Laos, a sul pelo Camboja, pelo golfo da Tailândia e pela Malásia, a oeste pelo mar de Andamão e a oeste e norte por Mianmar. A capital do país é a cidade de Banguecoque.

A Região conhecida como Tailândia tem sido habitada por humanos desde o período Paleolítico (há cerca de 10.000 anos). Antes da queda do Império Khmer, no século XIII d.C., vários Estados floresceram nesta região, tais como os reinos Tai, Mon, Khmer e Malaio, conforme verificou-se por meio dos vários sítios e artefatos arqueológicos espalhados pelas paisagens do antigo Sião. Antes ainda do século XII, porém, o primeiro Estado tailandês ou siamês é tradicionalmente considerado como sendo o Reino Budista de Sukhothai, fundado em 1238.

Seguindo-se ao declínio e queda do Império Khmer nos séculos XIII e XIV, vários reinos budistas tailandeses de Sukhothai, Lanna e Lan Chang tomaram o poder. Um século mais tarde, o poder dos Sukhothai foi suprimido pelo reino de Ayutthaya, estabelecido em meados do século XIV. Após a queda de Ayutthaya em 1767, os birmaneses tiveram como nova capital da Tailândia a cidade de Thonburi por um breve período sub o reinado de Taksin, o Grande. A era atual da história tailandesa (Era Rattanakosin) iniciou-se em 1782, após o estabelecimento de Banguecoque como capital do Reino do Sião, sob o reinado de Rama I, da Dinastia Chakri.

O Sião têm tradição imemoriável de comércio com os países e culturas vizinhas do oceano Índico e do mar da China. O comércio e a influência europeus chegaram à região da atual Tailândia no século XVI, com os Portugueses. Apesar da pressão européia, a Tailândia é o único país do sudeste asiático que nunca foi colonizado por europeus. As duas principais razões para tal são que a Tailândia teve uma longa sucessão de governadores bastante hábeis durante o século XIX e estes souberam explorar as rivalidades e tensões entre França e Inglaterra. Como resultado, o país manteve-se como estado-tampão entre as partes do sudeste asiático colonizadas pelas duas potências.

Rei Mongkut da Tailândia.

Apesar disto, a influência ocidental levou a muitas mudanças e grandes concessões durante o século XIX, mais notavelmente na grande perda territorial a leste da região do Mekong para os franceses, e na absorção gradual pelos Estados Ingleses de Shan (Thai Yai, atual Birmânia) e pela Malásia peninsular.

Em 1932, uma revolução pacífica resultou em uma nova monarquia constitucional. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Tailândia aliou-se ao Japão, mantendo-se, ainda, em posição paradoxal de resistência antijaponesa, no movimento conhecido como Seri Thai. Após a guerra, a Tailândia emergiu como aliado dos Estados Unidos. Como as demais nações em desenvolvimento no período da Guerra Fria, a Tailândia passou por décadas de transgressão política caracterizadas por golpes de estado e regimes militares seguidos, progredindo, ao final, rumo a uma estabilidade democrática na década de 80.

Em 1997, a Tailândia foi atingida pela crise financeira asiática, e o baht tailandês (moeda nacional) atingiu rapidamente um pico de 56 baht por dólar, comparado à cotação de 25 baht por dólar anterior a 1997. Desde então, o bath recuperou grande parte da sua força e em maio de 2007 ficou em 32 baht por dólar americano.

O calendário oficial na Tailândia é baseado na versão ocidental da Era Budista, que está 543 anos à frente do calendário gregoriano ocidental. Por exemplo, o ano 2008 d.C. é o ano 2551 na Tailândia.

A Tailândia é um país localizado no sudeste asiático, sendo limítrofe com Laos e Camboja, ao leste; Myanmar a oeste e Malásia, ao sul. A Tailândia é também conhecida como Sião, que era o nome do país até meados de 1949. Thai significa "livre", em tailandês e é assim que as pessoas geralmente se referem quando vão falar sobre esse país e seus habitantes (cultura thai, língua thai, habitantes Thais,etc.)

A Tailândia está localizada na zona climática Tropical, portanto seu clima é bastante quente e caracterizado por monções. A vegetação é caracterizada praticamente por florestas tropicais. Seringueiras foram importadas do Brasil, da região Amazônica e plantadas no sudeste do país, há mais ou menos 100 anos. Há cem anos, as florestas serviam também de lar para milhares de elefantes que, infelizmente, devido à devastação e à caça, hoje a população de elefantes é de aproximadamente 5,000. Em 1989 o governo começou a construir parques naturais para proteger os elefantes e animais que se encontravam na mesma situação. No entanto, caçadores ainda continuam a matar tigres,leopardos e ursos negros asiáticos, todos ameaçados de extinção.

A população da Tailândia é relativamente homogênea: 85% da população compartilha a mesma cultura e língua, thai, que é o idioma ensinado nas escolas e usado no governo. O inglês é a segunda língua mais falada. No entanto, existem também diversos grupos étnicos como Shan, Lue, e Phutai. A maioria da população já está localizada nas áreas urbanas do país, e quanto mais o país se industrializa, mais a população das cidades aumenta, principalmente em Bangkok.

A religião mais praticada é o budismo, com quase 100% da população adepta a ela. O povo Thai é muito espiritualizado e muito ligado as suas crenças e cultura local.

Por causa dos programas de "planejamento familiar", o crescimento populacional do país diminuiu de 3% em 1960 para 1% nos dias de hoje. A expectativa de vida também cresceu, graças aos esforços do governo, que investiu na saúde pública através de programas para prevenção de doenças.

Bangkok, capital e maior cidade do país.

Por isso, o número de pessoas com câncer diminuiu incrivelmente nos anos 90 de 150,000 para 25,000 anualmente. A cultura Thai é uma das mais ricas do mundo, conhecida pela peculiar arte de sua cozinha, muito apreciada.

Assim como a Espanha, o Reino Unido e o Japão, o país é uma monarquia constitucional, isto é, um território onde o primeiro-ministro é o chefe de governo e onde o monarca é o chefe de estado. O poder executivo é exercitado atualmente por uma junta militar que aponta seus Primeiros-ministros e o Gabinete. O poder legislativo é investido em uma legislatura apontada pela junta. O judiciário é independente do executivo e do legislativo. As atividades políticas são proibidas atualmente. Antes do golpe de estado de 2006, o reino era uma democracia parlamentar, com uma legislatura bicameral eleita.

A Tailândia se divide em 75 províncias (changwats) e 1 municipalidade (maha nakhon) com o mesmo nível administrativo das províncias. Cada província é administrada por um governador, nomeado pelo Ministro do Interior. A única exceção é a municipalidade de Bangkok, onde se elege o governador.

O desenvolvimento econômico da Ásia, relativamente bom, sofreu uma crise em 1997 que repercutiu por toda a região e prejudicou diversos países. Atingiu também a Tailândia que vinha tendo o maior crescimento econômico nesses últimos 10 anos média anual de 8,4% entre 1990 e 1995 – e desvalorizou totalmente o baht, moeda do país.

Desde então a Tailândia vem tentando estabilizar-se economicamente e obteve excelentes resultados, obtendo crescimento anual notável nos anos de 1999 até 2005. Atualmente o país é um dos maiores exportadores mundiais de arroz. Outro importante produto cultivado é a cana-de-açucar.

Durante a crise, o mercado de produtos manufaturados e industrializados ajudou (e muito) à sua recuperação econômica, com a exportação de produtos como computadores, sapatos, eletroeletrônicos, jóias, brinquedos, produtos de plástico,etc.

A Tailândia é o maior exportador de arrozdo mundo.

No entanto, a agricultura continua sendo de grande importância para a economia do país, com mais de metade da percentagem total de mão de obra sendo dedicada a esse setor. Porém,no ano de 1995, a renda dos trabalhadores rurais era 15 vezes inferior ao da renda da população que trabalhava em outros setores. Em 1999, a renda familiar média tailandesa foi de US$ 318 por mês, enquanto, para o setor agrícola, a média foi de apenas US$ 24 por mês. O turismo é um setor que contribui também bastante para o PIB anual do país. Em 2002, por exemplo, houve um aumento de 7% na quantidade de turistas em comparação ao ano anterior. Estados Unidos é o principal parceiro econômico da Tailândia, seguido pelo Japão e países europeus.

A estabilização e melhora da economia depende do aumento das exportações do país para países europeus e os Estados Unidos.

Bangkok é a região mais industrializada do país e, a região nordeste a mais pobre.

A Cidade Histórica de Ayutthaya, naprovíncia de Ayutthaya, tem um dos templos mais surpreendentes da História da Tailândia(na foto acima), e é um importante centroturístico e histórico.

Embora a Tailândia venha se recuperando aos poucos da crise que abalou o país, a contínua melhora de sua economia depende de investimentos externos e aumento das exportações O baixo e lento nível de crescimento de mão de obra qualificada e engenheiros pode limitar a produtividade e eficiência do setor tecnológico, peça chave para o desenvolvimento econômico do país.

A Tailândia faz parte do tratado internacional chamado APEC (Asia-Pacific Economic Cooperation), um bloco econômico que tem por objetivo transformar o Pacífico numa área de livre comércio e que engloba economias asiáticas, americanas e da Oceania.

A Tailândia também tem parte do seu crescimento baseado no turismo que é crescente mesmo após a tsunami de 2004.



Camboja

O Camboja (em khmer 200p., transl. Preăh Réachéanachâkr Kâmpŭchea, nome oficial Reino do Camboja) é um país asiático da Indochina, limitado a norte pelo Laos, a leste e a sul pelo Vietnã, a oeste pelo Golfo da Tailândia e a oeste e a norte pela Tailândia. Sua capital é Phnom Penh.

As esparsas evidências para a ocupação humana durante o Pleistoceno são algumas ferramentas feitas a partir de quartzo e quartzito, encontrados ao longo dos terraços do rio Mekong nas províncias de Strung Teng, Kratié e Kampot, mas não há datas para essa ocupação até o momento.

Outras evidências arqueológicas mostram comunidades de caçadores-coletores habitando a região do atual Camboja durante o Holoceno. O sitio arqueológico considerado mais antigo do Camboja é a caverna de Laang Spean, em Battambang, e pertence ao período Hoabinhian. Escavações nas camadas mais profundas indicam uma ocupação de 6000 a.C. Nas camadas mais superficiais do mesmo sítio, existem evidências de transição para o Neolítico, contendo dados das primeiras cerâmicas cambojanas.

Dados arqueológicos para o período entre o Holoceno e a Idade do Ferro são muito escassas. Outros sítios pré-históricos famosos na região é o Samrong Sen (não muito longe da antiga capital Oudong), onde as escavações na região iniciaram em 1877 e Phum Snay, na província do norte de Banteay Meanchey. Artefatos pré-históricos também foram encontrados em Ratanakiri durante uma mineração.

A evidência pré-histórica que chama mais atenção, provavelmente são os canais circulares (possivelmente canais de dranagem ou irrigação) descobertos em Memot e nas adjacências do Vietnã nos anos 1950. Sua função ainda não está clara, mas as datas mostram que sua construção pode ter sido em 2000 a.C.

Um grande acontecimento na pré-história Cambojana é a lenta introdução do cultivo de arroz pelo norte, que começou em torno de 3000 a.C. Os fazendeiros que disseminaram essa cultura do arroz, provavelmente falavam um língua mon-khmer.

O ferro começou a ser trabalhado em torno de 500 a.C. Grande parte das evidências arqueológicas vem do Planalto de Khorat, atualmente na Tailândia. No atual Camboja foram encontados alguns assentamentos da Idade do Ferro em torno dos templos Angkorianos, como Baksei Chamkrong, e alguns canais circulares - como Lovea - localizados alguns quilômetros a nordeste de Angkor. Sepultamentos, muito ricos, atestam para a existência de fartura de comida e comécio (mesmo a longa distância: em 400 a.C. já existia comércio com a Índia), a existência de estruturas sociais e trabalho organizado.

Durante o , e século d.C., os estados indianizados de Funan e Chenla se juntaram e tiveram o domínio do atual Camboja e sudoeste do Vietnã. Esses estados são encarados por muitos estudiosos por serem do Khmer. Por mais de dois mil anos, Camboja foi influênciado pela Índia e China, passando esse conhecimento e cultura para as civilizações do sudeste asiático, que correspondem hoje à Tailândia, Vietnã e Laos. O império Khmer surgiu na área do século IV ao século XIII. Em torno do século XIII, o budismo teravada foi introduzido por monges do Sri Lanka. A partir de então, o budismo teravada cresceu e se tornou a religião mais popular. A partir desse período, o Império Khmer começou a declinar, mas manteve seu poder até oséculo XV. O centro do poder do império estava em Angkor, onde uma série de capitais foram construídas durante o auge do império. Angkor poderia ter suportado uma população de até 1 milhão de pessoas. Angkor, uma das maiores civilizações antigas, e Angkor Wat, o mais famoso e preservado templo religioso desse período, são resquícios de um passado cambojano com um grande poder regional.

Após uma longa série de guerras contra os reinos vizinhos, Angkor foi saqueadas pelos tailandeses e abandonada em 1432 por quebra de sua infraestrutura e desastres ecológicos. A corte moveu a capital para Lovek onde o reino pode usufruir a glória do comércio marítimo. Mas não durou muito tempo, uma vez que as contínuas guerras contra os tailandeses e vietnamitas resultaram na perda de mais território e a conquista de Lovek em 1594. Nos próximos três séculos seguintes, o reino Khmer alternou entre ser um estado vassalo dos tailandeses e vietnamitas e curtos períodos de relativa independência.

Em 1863, Rei Norodom, que havia sido colocado no poder pela Tailândia, pediu a proteção da França contra os tailandeses e vietnamitas, após as tensões entre esses reinados terem crescido. Em 1867, o rei tailandês assinou um tratado com a França renunciando sua suzerania sobre o Camboja, em troca do controle das províncias de Battambang e Siem Reapp, que passaram a pertencer oficialmente a Tailândia. Essas províncias voltaram a fazer parte do Camboja, após um tratado entre a França e a Tailândia em1906.

O Camboja continuo com o protetorado da França de 1863 a 1953, administrado como parte da colonia da Indochina Francesa, menos durante a ocupação do Império Japonês de 1941 a 1945. Após a morte do rei Norodom em 1904, a França manipulou quem deveria suceder o trono e Sisowath, irmão de Norodom, foi colocado no trono cambojano. O trono ficou vago novamente em 1941 com a morte de Monivong, filho de Sisowath, e a França ignorou o herdeiro legítimo Monireth, filho de Monivong, achando que ele possuía uma mentalidade de independência. Ao invés disso, Norodom Sihanouk, que tinha 18 anos na época, foi colocado no poder. A França achou que Sihanouk seria facilmente manipulado, porém eles estavam errados. No dia 9 de novembro de 1953, sob o reinado de Sihanouk, o Camboja ganhou a independência da França.

Camboja se tornou uma monarquia constitucional com o rei Norodom Sihanouk. Quando a Indochina Francesa deu a independência, o Camboja perdeu oficialmente o Delta do Mekong, passando para o Vietnã. Na prática, a área já vinha sendo controlada pelos vietnamitas desde 1698, quando o rei Chey Chettha II permitiu que os vietnamitas poderiam construir assentamentos na área.

Foi após a Segunda Guerra Mundial que o forte sentimento nacionalista, liderado pelo recém surgido Partido Popular Revolucionário do Kampuchea (KPRP/PPRK), sob os auspícios do Vietnã, levou a França a conceder a independência cambojana, em 9 de Novembro de 1953. Norodom Sihanouk, cujo partido vence todas as eleições para a Assembléia Nacional, de 1955 a 1966, governa com amplo poder, mas enfrenta uma forte oposição de esquerda. A partir de 1964, com o surgimento do Khmer Vermelho, treinados em técnicas de combate como Wayshia, o Khmer Vermelho, passa a se deparar com uma violenta rebelião comunista, que atinge o seu auge nos anos 1967/68. Em 1970, enquanto Sihanouk viajava por Moscou e Pequim, seu primeiro-ministro, o Marechal Lon Nol, dá um golpe de Estado e, a 18 de Março, a Assembléia Nacional vota por unanimidade a deposição do governante ausente. A 17 de Abril de 1975, as forças do Khmer Vermelho entram na capital, Phnom Penh, quase sem resistência, marcando o fim da administração Lon Nol. O breve, mas sangrento, regime de Pol Pot e dos Khmer Vermelho terminou em 1978 com a intervenção do Vietnã que instalou um regime "amigo". Os Khmers Vermelhos continuaram a luta armada contra o regime até aos anos 1990 do século XX, quando o Camboja, sob a égide da ONU iniciou um processo de democratização.

O sistema político do Camboja é uma monarquia constitucional, em vigor desde 1993, quando esta foi restaurada pela ONU, após décadas de regimes autoritários comunistas. O atual rei do Camboja é Norodom Sihamoni.

O Camboja é um país predominantemente agrícola, com pouca industrialização, e baixa renda per capita. Seu principal produto agrícola e de quase todos os países do sudeste asiático é o arroz. O cultivo do arroz é praticado em vales fluviais de forma intensa, com elevada produtividade.

É a chamada agricultura de jardinagem, com intenso uso de mão-de-obra e aproveitamento do solo.

Outros produtos agrícolas importantes são: borracha, café, cana-de-açúcar, chá e pimenta-do-reino. Todos esse produtos são voltados principalmente para a exportação.

Entre 1980 e 1990, a economia do camboja cresceu 5% ao ano. Foram taxas anuais de crescimento da economia superiores a média mundial, baseadas em investimentos estrangeiros. Mas a partir da segunda metade de 1990, esses investimentos começaram a escassear (eles foram para outras partes do globo), e essas taxas diminuiram.