terça-feira, 29 de março de 2011

Hezbollah na Líbia significa Irã na Líbia

Hezbollah na Líbia significa Irã na Líbia


Que a Al Qaeda estivesse atuando na Líbia, convenham, era pule de dez. Imaginem, então, no Iêmen, que é onde ela tem instalada uma base de operação. O dado um tanto surpreendente é a presença do Hezbollah. E notem que a informação parte de um comandante da Otan (ver abaixo), não de algum emissário de Muamar Kadafi. O Hezbollah não existe como força independente. É um satélite do Irã. Evidentemente, não se trata de uma questão relgiosa. O xiismo não leva a menor chance na Líbia. A questão é de outra natureza: há um único país no Oriente Médio que se fortalece com a débâcle dos governos árabes: o Irã.
Mas fazer o quê? Cada um dos, digamos assim, “líderes” ocidentais tem seus motivos para lutar esta guerra: Obama tem eleições; Sarkozy, além das urnas, tenta esconder o dinheiro líbio que financiou sua campanha, e David Cameron, da Grã-Bretanha, quer mostrar que já é hominho. “Ah, isso não tem importância; os terroristas iriam mesmo se aproveitar!” Pois é… Acreditem, então, no secretário de Defesa dos EUA. Já volto ao assunto.
Por Reinaldo Azevedo




29/03/2011
 às 18:10

Comandante da Otan admite que Al Qaeda e Hezbollah estão atuando entre os rebeldes líbios! Quem está surpreso com isso? Só Obama e Arnaldo Jabor!

Pois é, amiguinhos…
Desde o primeiro dia, quando vi aquele monte de civis armados na Líbia, perguntei, como um Drummond assaltado pela metafísica no bonde: “Pra que tanto fuzil, meu Deus!?” Quer dizer, eu sabia pra quê… Eu indagava mesmo é de onde eles haviam surgido. E chamei aquilo de “guerra civil”. Como Muamar Kadafi falou a mesma coisa, a companhia era incômoda, eu sei…
Aí o tirano afirmou que a Al Qaeda estava metida entre os rebeldes que enchem de poesia o coração de Arnaldo Jabor e Clóvis Rossi. Como dar crédito a um vagabundo como ele?
De todo modo, Tio Rei sempre olhou aquela coisa com ceticismo, né? E passou a temer o óbvio: que as impotências ocidentais, lideradas por um amador nascido para ser modelo de estátua, esteja renunciando ao conhecido sob controle para aderir ao desconhecido descontrolado. Parecem categorias metafísicas, mas não são. Daqui a pouco, vocês verão que Robert Gates, secretário de Defesa dos EUA, dará bastante concretude a essa perspectiva… Leiam o que informam Missy Ryan e Susan Cornwell, da Reuters:
Informações da inteligência sobre as forças rebeldes que combatem o líder líbio Muamar Kadafi indicam sinais da presença da Al Qaeda e do Hezbollah, mas ainda não há um quadro detalhado sobre a oposição emergente, disse o principal comandante de operações da Otan na terça-feira. “Estamos examinando com muita atenção o conteúdo, a composição, as personalidades, quem são os líderes dessas forças de oposição”, disse o almirante James Stavridis, comandante supremo da Otan para a Europa e também comandante do Comando Europeu norte-americano, durante um depoimento ao Senado dos EUA.
Na terça-feira, as tropas de Kdafi reverteram a investida rumo a oeste das forças rebeldes, enquanto as potências mundiais se reuniram em Londres, mais de uma semana depois do lançamento da campanha militar destinada a proteger civis líbios. Embora Stavridis tenha afirmado que a liderança da oposição parece ser composta por “homens e mulheres responsáveis” lutando contra Kadafi, ele disse que “observamos na inteligência sinais possíveis da Al Qaeda e Hezbollah. Temos visto coisas diferentes.”
“Mas neste momento não tenho detalhes suficientes para dizer que há uma presença significativa da Al Qaeda ou qualquer outra presença terrorista”, afirmou ele. O Pentágono diz que não está se comunicando oficialmente com os rebeldes líbios. Os comentários de Stavridis foram feitos um dia depois de o presidente Barack Obama defender sua posição pela ação na Líbia num pronunciamento na TV aos norte-americanos, que estão preocupados com mais uma guerra, enquanto as tropas dos EUA já estão no Afeganistão e no Iraque.
Embora Obama tenha dito que Kadafi deve deixar o poder, ele salientou que a missão militar aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU) limita-se a proteger os civis e a garantir uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia.
Por Reinaldo Azevedo

Governo da Síria decide suspender lei de emergência

Síria

Síria (em árabe: سورية sūriyyaħ ou سوريا sūriyā), oficialmente República Árabe da Síria (em árabe: الجمهورية العربية السورية al-jumhūriyyaħ al-ʕarabiyyaħ as-sūriyyaħ), é um país árabe no Sudoeste Asiático, e faz fronteira com o Líbano e o Mar Mediterrâneo a oeste, Israel no sudoeste, Jordânia no sul, Iraque a leste, e Turquia no norte.

O nome Síria, antigamente compreendia toda a região do Levante, enquanto atualmente abrange os locais de antigos reinos e impérios, incluindo as civilizações de Ebla do III milênio a.C. Na era Islamica, sua capital, Damasco, foi a capital do Império Omíada e a capital provincial do Império Mameluco. Damasco é largamente reconhecida como uma das cidades mais antigas continuadamente habitadas do mundo.

A Síria de hoje foi criada como mandato francês e obteve sua independência em Abril de 1946, como uma república parlamentar. O pós-independência foi instável, e um grande número de golpes militares e tentativas de golpe sacudiram o país no período entre 1949-1970. Síria esteve sob Estado de sítio desde 1962, que efetivamente suspendeu a maioria das proteções constitucionais aos cidadãos. O país vem sendo governado pelo Partido Baath desde 1963, embora o poder atual esteja concentrado na presidência e um pequeno grupo de políticos e militares autoritários. O atual presidente da Síria é Bashar al-Assad, filho de Hafez al-Assad, que governou de 1970 até sua morte em 2000. Síria tem uma grande participação regional, particularmente através do seu papel central no conflito árabe com Israel, que desde 1967 ocupou as Colinas de Golã, e pelo envolvimento ativo nos assuntos libaneses e palestinos.

A população predominante é de muçulmanos sunitas, mas com uma significante população de Alauitas, Drusos e minorias cristãs. Desde a década de 1960, oficiais militares Alauitas tem dominado o cenário político do país. Etnicamente, cerca de 90% da população é árabe, e o estado é governado pelo Partido Baath de acordo com princípios nacionalistas árabes, dos quais aproximadamente 10% pertencem à minoria curda.

A Síria possui uma história muito antiga, desde os arameus e assírios, marcada fortemente pela influência e rivalidade de Mesopotâmia e Egito. Depois de ser ocupada pelos persas, a Síria foi conquistada por Alexandre III da Macedónia. Na época helenística passou a ser centro do reino dos selêucidas e se converteu em uma província romana no século I a.C.. Grandes cidades se desenvolveram nessa região como a mítica Palmira, uma das mais originais e descanso de caravanas.

Com a ascensão do islamismo, a Síria foi um dos focos mais importantes da civilização árabe, sobre tudo na época do califado omíada (660-750), centrado em Damasco, e da dinastia hamdanita (944-1003), centrado em Alepo. Porém, pela sua situação, foi objeto de ambição estrangeira o que conduziu a divisão do seu território. Os cruzados se estabeleceram na Síria durante algum tempo e construíram importantes fortificações, como o Krak dos Cavaleiros. Finalmente, em 1516, Síria passou a formar parte do Império Otomano.

Turca até 1918, com o fim da Primeira Guerra Mundial a Síria foi então dividida em duas partes: uma sob mandato francês, que compreendia a Síria e o Líbano atual, e a outra baixo mandato britânico, composta por Palestina, Transjordania (atualmente Israel e Jordânia) e Iraque.

O país conseguiu a independência em 1946. Em 1948, entrou em guerra com Israel, saindo desta perdedora. Sofreu ainda numerosos golpes militares. Em 1958, uniu-se ao Egito para formar a República Árabe Unida (R.A.U.), da qual se separou depois do levantamento militar de 28 de setembro de 1961, convertendo-se em República Síria e, depois da tomada de poder em 1963 pelo Partido Baath, socialista e nacionalista, que empreendeu uma série de profundas reformas sociais e econômicas, ficando constituída como República Popular da Síria em 1964.

Em 1966, o país aliou-se de novo ao Egito e, em 1967, viu-se envolvido na Guerra dos Seis Dias. Mais tarde, em 1973, atacou Israel, na chamada Guerra do Yom Kippur; em maio de 1974 foi feito o acordo de retirada das tropas. Interferiu na defesa do Líbano contra Israel, em 1978. Partidária da causa palestina, mostrando-se contra as negociações de paz egipcio-israelitas, que ocorreram depois da viagem de Anwar Sadat a Jerusalém. As negociações empreendidas em 1979 com o Iraque, encaminhadas a uma fusão de ambos os países não prosperaram (naquele mesmo ano romperam-se as relações entre ambos devido à implicação do Baath iraquiano num atentado em Damasco). Em 1980, realizou-se uma outra tentativa de união, desta vez com a Líbia, que também faliu.

O conjunto de comunidades étnicas e religiosas que constituem o país, tanto muçulmanas como cristãs, assim como o ressurgimento do integralismo islâmico, criaram situações difíceis ao presidente Hafez al-Assad, de orientação laica e socialista. Não obstante, foi reeleito em 1980 como secretário-geral do Baath, o que reforçou seu poder. No mesmo ano, um tratado de cooperação com a União Soviética deu a al-Asad o papel de representante dos interesses soviéticos na região e lhe permitiu contar com sofisticado armamento de origem soviética. Simultaneamente à crescente deterioração das relações com Israel, a Síria passou a controlar militarmente o norte do Líbano, onde sustentou encontros com as forças de Israel e se opôs a presença de forças americanas. A Síria se caracterizou, durante a permanência de suas tropas no Líbano, pela sua oposição a todos os planos de paz dos Estados Unidos para o Oriente Médio, e por proteger Damasco das facções da OLP opostas a Yasser Arafat, enquanto no Líbano a figura de al-Asad aparecia a princípios de 1986 como a do inevitável mediador para qualquer solução de fundo nos assuntos político-religiosos daquele país. Em 1992 foi reeleito. Na primeira Guerra do Golfo se opôs ao Iraque, participou de processo de paz em Madri, no ano de 1991.


Não se trata de um país grande uma vez que Síria tem uma área de só 185.000 km quadrados. A oeste faz limites com Mar Mediterrâneo, Líbano, e Israel, ao sul com Jordânia a leste com Iraque e Turquia. O país esta dividido geograficamente em quatro regiões:

A faixa costeira, fértil, com 180 km de costa abrupta e rochosa, que se estende entre o Líbano e Turquia. As colinas Ansariyah (Jebel an-Nusariyah) formam praticamente a costa norte, e servem de base ao Sahl Akkar (planalto Akkal) ao sul. Os planos aluviais férteis são intensamente cultivados durante todo ano. Os portos mais importantes são Latakia e Tartesos. Em Baniyas existe uma refinaria de petróleo.

As montanhas, Jebel an-Nusariyah formam uma cordilheira que se estende de norte a sul no interior da faixa costeira. A altura media é de 1.000 m. São freqüentes as nevadas em seus picos no inverno. A faixa dos montes do planalto marcam a fronteira entre Síria e Líbano com uma altura média de 2.000 m. A montanha mais alta da Síria é Jebel ash-Sheikh, conhecido na Bíblia como Monte Hermon, com 2.814 m. O maior rio que nasce nessa cordilheira é o Barada. Outras regiões menores incluem o Jebel Druso, ao sul perto da fronteira com Jordânia e o Jebel Abu Rujmayn ao norte de Palmira.

A estepe, exceto a costa de clima ,mediterrâneo, e nas montanhas e regiões banhadas pelos rios, predomina a estepe. Aí se encontra Damasco, Homs, Hama, Alepo, Deir Ezzour, Hassake e Qamishle, banhada pelo Orontes, o Eufratres, e o Khabour.

O deserto conta com alguns grandes oásis como o de Palmira. Sua privilegiada situação no meio de ricas terras produtoras de cereais, algodão, e leguminosas, lhe a dado o papel de importante mercado agrícola. O deserto ocupa o sudoeste do país, onde acampam os beduínos com seus milhões de cabeças de gado bovino.

Síria além disso esta cortada pelos oleodutos levam seu petróleo juntamente com o do Iraque e Arábia em direção a costa libanesa pôr um lado, e por outro em direção a Baniyas, localidade perto de Latakia, principal porto comercial sírio.

A maioria da população da Síria vive no vale do rio Eufrates, uma faixa fértil entre as montanhas costeiras e o deserto.

A maioria da população é de origem semita. Os muçulmanos são cerca de 90% do total, sendo 74% Sunitas e 15% outros, incluindo os alawitas, os xiitas e os druzos. A maioria dos 10% restantes são cristãos. Existem cidades como Khabab, no governadorato de Dara e Maalula, que são inteiramente católicas. Há ainda uma pequena (cerca de 4500 pessoas) comunidade de judeus sírios.

A Síria é uma república parlamentar. No entanto, os seus cidadãos votam desde 1970 por um presidente e deputados duma lista única organizada pelo partido Ba'ath . O presidente Hafez al-Assad foi "eleito" desta forma para cinco mandatos consecutivos e, com a sua morte, o seu filho Bashar al-Assad foi escolhido para o suceder e confirmado por um "referendo" em Julho de 2000.

Moeda: libra síria; cotação para US$ 1: 46 (jul./2000). PIB: US$ 17,4 bilhões (1998). PIB agropecuária: 25,9%; PIB indústria: 27,2%; PIB serviços: 46,9% (1997). Crescimento do PIB: 5,9% ao ano (1990-1998). Renda per capita: US$ 1.020 (1998). Força de trabalho: 5 milhões (1998). Agricultura: algodão em pluma, frutas, legumes e verduras, azeitona. Pecuária: bovinos, ovinos, caprinos, aves. Pesca: 7,7 mil t (1997). Mineração: gás natural, petróleo, fosforito. Indústria: química, petróleo, carvão, petroquímica, têxtil, couro, calçados, alimentícia, bebidas. Exportações: US$ 2,8 bilhões (1998). Importações: US$ 4,5 bilhões (1998). Parceiros comerciais: Alemanha, Itália, França, Arábia Saudita, Turquia.

A Síria conserva atividades artesanais tradicionais, como o trabalho em metal, ebanisteria, tafiletería e trabalhos em seda. Ainda se pode encontrar em Damasco, Hama e Aleppo tecedores de seda trabalhando em seus teares de madeira, como faziam seus ancestrais em Ebla a tempos atrás. Sopradores de vidro em fornos de cerâmica recordam a seus antepassados que inventaram como colorir o vidro a 3.000 anos atrás. Os artistas ainda desenham heróis épicos quase idênticos aos que estão gravados nas pedras por seus antepassados do ano 3.000 antes de Cristo.

No terreno arqueológico Síria conta com uma importante história. Entre 660 e 750, Damasco viveu uma idade de ouro com a Dinastia dos Omeyas que determinou a aparição de um grandioso estilo arquitetónico composto, que combinava influencias antigas e bizantinas com tradições sírias e mesopotâmicas.

A arquitetura civil atingiu um refinamento inigualado quando os turcos estenderam sua hegemonia sobre Síria no século XVI. A arte da corte otomana outorga preponderância a decoração, que mistura delicados motivos vegetais com caligrafias sutis.

Durante todo ano se celebram na Síria acontecimentos culturais interessantes. Exposições, leituras e seminários são propostos nas Universidades, museus e centros culturais. A pintura e escultura dos artistas locais são expostos em galerias privadas em todo país. Entre os artistas de renome figura o pintor Fateh Mudarress, Turki Mahmud Beyk, Naim Ismail, Maysoun al-Jazairi, Mahmud Hammad y Abd al-Qader Arnaout entre otros.

A repressão política manteve a produção literária quase morta. Com exceção ao autodidata Zakariya Tamir, que viveu em exílio em Londres desde 1978. Sua obra gira em torno da vida diária na cidade, marcada pela frustração e desespero nascidas da opressão social.

Um grande número de festivais musicais acorrem regularmente na Síria. Destaca-se o Festival de Música de Câmara de Palmira. A televisão conta com dois canais, um em árabe e outro inglês e francês. Além de jornais em árabe, existem jornais locais em inglês.