segunda-feira, 27 de junho de 2011

Conheça as Candidaturas do Brasil em Órgãos Internacionais


Lançamento da candidatura do Embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa ao cargo de Diretor Geral da OMC

07/10/2004 -
O Governo brasileiro iniciou consultas com seus parceiros da Organização Mundial do Comércio com vistas ao lançamento da candidatura do Embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa ao cargo de Diretor Geral da OMC. 

O Governo brasileiro acredita que o Embaixador Seixas Corrêa poderá, caso eleito, contribuir substancialmente para o fortalecimento da OMC, do sistema multilateral de comércio e para a conclusão exitosa da Rodada de Doha. 

O Embaixador Seixa Corrêa, cujo curriculum se encontra em anexo, ocupou duas vezes o cargo de Secretário-Geral do Itamaraty, foi Embaixador no México, na Espanha e na Argentina, e atualmente está à frente de nossa representação em Genebra, onde vem exercendo papel relevante, por todos reconhecido, no contexto das negociações da Rodada de Doha, na coordenação do Grupo dos 20 em Genebra e em outras importantes negociações internacionais. 


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EMBAIXADOR LUIZ FELIPE DE SEIXAS CORRÊA 

LUIZ FELIPE DE SEIXAS CORRÊA nasceu no Rio de janeiro, em 16 de julho de 1945. 
Formou-se em Direito pela Universidade Cândido Mendes, do Rio de Janeiro, em 1967. Concluiu o Curso de Preparação à Carreira de Diplomata, do Instituto Rio Branco em 1966, sendo nomeado Terceiro Secretário em 1967. Foi sucessivamente promovido, por merecimento, a Segundo Secretário, em 1969; Primeiro Secretário, em 1975; Conselheiro, em 1979; Ministro de Segunda Classe, em 1983; e Embaixador, em 1987.
Na Secretaria de Estado, exerceu funções nos Departamentos das Américas (1967/69), de Organismos Internacionais (1977/78) e da Ásia, África e Oceania (1978). 
No exterior, foi Secretário na Embaixada do Brasil em Bonn (1970/71), na Missão do Brasil junto às Nações Unidas, em Nova York (1971/74) e na Embaixada do Brasil em Buenos Aires (1974/76), Conselheiro na Embaixada em Washington (1979/83) e Ministro-Conselheiro na Delegação do Brasil junto à UNESCO, em Paris (1985/87). 
Na Presidência da República, ocupou o cargo de Assessor do Chefe do Gabinete Civil (1983/1985) e de Assessor Internacional do Presidente da República (1987/89). 
Como Embaixador, chefiou a Embaixada do Brasil no México (1989/1992), a Embaixada do Brasil na Espanha (1993/1997) e a Embaixada do Brasil em Buenos Aires (1997/1998). 
Em 1992, foi designado Secretário-Geral das Relações Exteriores, cargo que viria a ocupar novamente entre janeiro de 1999 e novembro de 2001. 
Desde 4 de Janeiro de 2002, ocupa o cargo de Embaixador, Representante Permanente do Brasil junto à Organização Mundial do Comércio e junto às Nações Unidas em Genebra. 
Ao longo de sua carreira, foi delegado em numerosas conferências do sistema das Nações Unidas e do Mercosul. Recentemente, foi membro da delegação do Brasil às Conferencias Ministeriais da OMC de Doha (2001) e de Cancun (2003). Em Genebra, exerceu a presidência do Grupo de Trabalho da OMC sobre Investimento (2002/2003) e presidiu o Órgão Intergovernamental da OMS que negociou e aprovou a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (2002/2003).

Ellen Gracie perde vaga na OMC para candidato mexicano

Ex-presidente do STF, ministra era uma das favoritas para o órgão de apelação mas perdeu para Ricardo Ramirez

25 de maio de 2009 | 16h 02
Jamil Chade, de O Estado de S. Paulo
O Brasil perde mais uma eleição internacional, somando outra derrota em uma longa lista de campanhas frustradas nos organismos internacionais. Nesta segunda-feira, 25, a Organização Mundial do
Agência Estado
Agência Estado
Os ministros Ellen Gracie e Joaquim Barbosa
Comércio (OMC) rejeitou a candidata brasileira Ellen Gracie Northfleet, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, para o posto de juíza da entidade. O eleito foi o advogado mexicano Ricardo Ramirez. A OMC informou ao Itamaraty que avaliou que Ellen Gracie não conhecia a matéria que teria de julgar: comércio. O Brasil ainda não contou com o voto americano, nem chinês.
O Itamaraty ainda foi informado por fontes nos bastidores que, para governos latino-americanos, a estratégia era a de não deixar o Brasil permanecer de forma indefinida no cargo máximo do tribunal da OMC. Um brasileiro já havia estado por oito anos no posto e, se Elle Gracie fosse eleita, significaria que o Brasil teria 16 anos no cargo.
Há duas semanas, o chanceler Celso Amorim afirmou no Senado que o Brasil tinha apenas duas campanhas no cenário internacional. A primeira era Ellen Gracie. A segunda, o Rio de Janeiro para sediar
as Olimpíadas em 2016. Agora, só ficará mesmo a campanha pelos Jogos de 2016. A declaração de Amorim ainda foi uma resposta às informações que corriam sobre sua candidatura ao cargo de diretor da Agência Internacional de Energia Atômica.
A derrota ainda vem no momento em que o governo decidiu não apoiar o brasileiro Márcio Barbosa para o posto máximo na Unesco. Em seu lugar, vai apoiar o egípcio Farouk Hosni, criticado por
intelectuais de todo o mundo.
Na OMC, a candidatura era para um dos dois lugares que se abria para juiz máximo da entidade. O cargo tem como função julgar alguns dos casos mais polêmicos do comércio internacional, principalmente em um momento de recessão e de uma ameaça de proliferação de medidas protecionistas. Elle Gracie, se eleita, seria um dos sete juízes do Órgão de Apelação da OMC, instância máxima do comércio. O tribunal é um dos poucos ainda aceitos pelas maiores potências mundiais, como Estados Unidos, Europa, China e Japão.

Brasileiro João Sayad perde eleição no BID

O embaixador da Colômbia nos Estados Unidos, Luis Alberto Moreno, venceu a eleição para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), realizada hoje, em Washington, com apoio de 20 dos 28 votos dos votantes. O candidato brasileiro João Sayad perdeu.

Dois fatos deram impulso ao colombiano nas últimas 48 horas: por um lado, a forte inclinação do Canadá e do México de acompanhar os Estados Unidos e dar-lhe seu voto, a despeito do comunicado que o ministério das Finanças mexicano divulgou em 8 de junho, no qual afirmou que Moreno "não é pessoa qualificada para desempenhar a complexa responsabilidade de presidir o BID".

Há ainda a decisão do Uruguai de negar seu voto ao candidato do Brasil, o economista João Sayad, atual vice-presidente licenciado do BID, e apoiar Moreno. Este desfecho estava previsto, depois que o Uruguai abandonou o seu apoio ao Brasil e o México e a Venezuela decidiram votar em Moreno.

Este desfecho vem na esteira de dois insucessos da política externa, ou seja a tentativa frustrada de eleição de um dirigente brasileiro para a OMC e a dificuldade para se ter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
 


ONU: Brasil preside Conselho de Segurança por um ano

Posto é rotativo e sempre ocupado por um dos 15 membros do órgão.

Na próxima terça-feira (1º), o Brasil assume a presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU – foto). Por um ano, até dezembro, o comando será brasileiro. O posto é rotativo e sempre ocupado por um dos 15 membros do órgão. Há anos, o Brasil tenta ocupar um assento permanente no conselho e defende sua reforma. Ao assumir o comando, o objetivo é ampliar os debates para as áreas de conflito nas regiões mais pobres do mundo.
As informações são confirmadas pelas Nações Unidas. No dia 11 de fevereiro, o Brasil promove um debate sobre as questões paz, segurança e desenvolvimento. O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, deverá participar das discussões.
Na ONU, o Brasil é representado pela embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti. De acordo com diplomatas que acompanham as discussões nas Nações Unidos, o momento é para observar com atenção o que ocorre no Kosovo, no Congo e em Guiné Bissau, além dos efeitos do plebiscito no Sudão.
No ano passado, em sessão das Nações Unidas em nome do governo brasileiros, o então ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu a reforma urgente da atual estrutura do Conselho de Segurança. Criado em 1945, depois da Segunda Guerra Mundial, o formato do órgão estabelece que cinco países tenham assento permanente e dez ocupem provisoriamente, por dois anos, as vagas.
Uma das propostas em discussão é que, entre os seus integrantes permanentes, sejam incluídos mais dois países da Ásia, um da América Latina, outro do Leste Europeu e um da África. Atualmente, são integrantes permanentes do conselho os Estados Unidos, a Rússia, China, França e Inglaterra. Já o Brasil, a Turquia, Bósnia Herzegovina, o Gabão, a Nigéria, Áustria, o Japão, México, Líbano e Uganda são membros rotativos no órgão, com mandato de dois anos.
 É o Conselho de Segurança das Nações Unidas que autoriza a intervenção militar em um dos 192 países-membros da organização e também que estabelece sanções – como ocorreu ao Irã, em junho. Os conflitos e crises políticas são analisados pelo conselho, que define sobre o envio e a permanência de militares das missões de paz.
No ano passado, em junho, Brasil e Turquia, que integram o Conselho de Segurança das Nações Unidas, votaram contra as sanções ao Irã. O Líbano se absteve da votação, mas 12 países foram favoráveis às restrições. Para a comunidade internacional, o programa nuclear do Irã é suspeito de produção secreta de armas atômicas. Os iranianos negam.
Informações Agência Brasil

Cúpula América do Sul-Países Árabes - ASPA

A Cúpula América do Sul-Países Árabes (ASPA) é um mecanismo de cooperação inter-regional e um fórum de coordenação política, cujo objetivo é aproximar os líderes de duas regiões, que possuem afinidades políticas, econômicas e culturais.
Foi proposta pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, e formalmente criada na I Cúpula de Chefes de Estado e de Governo, ocorrida em Brasília, em 10-11 de maio de 2005. A II Cúpula ASPA realizou-se em Doha, no Catar, em 31 de março de 2009.
Integram a ASPA 34 países – entre Estados sul-americanos e árabes –, bem como o Secretariado-Geral da Liga dos Estados Árabes (LEA) e a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL). Pelo lado sul-americano, são membros: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Os 22 países árabes membros da ASPA são: Arábia Saudita, Argélia, Bareine, Catar, Comores, Djibuti, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Iraque, Jordânia, Kuaite, Líbano, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Omã, Palestina, Síria, Somália, Sudão e Tunísia.
O Brasil é o coordenador regional sul-americano da ASPA por haver sediado a I Cúpula e, por decisão dos membros do mecanismo, até que a Secretaria-Geral da UNASUL seja constituída e esteja operacional para assumir a representação regional. Pelo lado árabe, a coordenação é desempenhada pelo Secretariado-Geral da Liga dos Estados Árabes. Integram o grupo executivo de coordenação do mecanismo, além dos coordenadores regionais, dois outros membros: o país na Presidência Pro Tempore da UNASUL e o país na Presidência da Cúpula Árabe. No processo de preparação da III Cúpula ASPA, prevista para ocorrer em Lima, em fevereiro de 2011, o Peru foi integrado ao Grupo.
As ações de seguimento da ASPA são conduzidas por meio de uma intensa agenda de reuniões de ministros, altos funcionários e especialistas, bem como por intermédio de cinco Comitês Setoriais que conduzem ações de cooperação nas áreas econômica, cultural, científico-tecnológica, ambiental e social.
A coordenação política da ASPA tem abrangido assuntos de interesse comum, como a reforma das organizações internacionais, o fortalecimento do Direito Internacional e do multilateralismo, o apoio à solução pacífica de controvérsias no Oriente Médio e na América do Sul, bem como o estímulo ao desenvolvimento econômico e ao diálogo de civilizações.
Na esfera da cooperação, foram realizadas dez reuniões em nível ministerial desde 2005: duas de titulares das pastas de Economia, duas de Cultura, uma de Meio Ambiente, duas de Assuntos Sociais, uma de Recursos Hídricos e Combate à Desertificação e três de Ministros das Relações Exteriores. Desses encontros resultaram planos de ação que vêm sendo implementados pelos cinco referidos Comitês Setoriais de Cooperação.
Destacam-se, como realizações no processo de aproximação inter-regional, a cooperação técnica na redução dos impactos e no enfrentamento de processos de desertificação e degradação de solos, assim como o intenso intercâmbio cultural, estabelecido, sobretudo, a partir da constituição da Biblioteca e Centro de Pesquisas América do Sul-Países Árabes (BibliASPA), que vem traduzindo livros, organizando palestras, mostras de cinema e o I Festival Sul-Americano da Cultura Árabe, ocorrido em São Paulo, de 18 a 31 de março de 2010.
Na área dos negócios, as sociedades civis das duas regiões têm-se aproximado, por meio de Fóruns Empresariais realizados à margem das Cúpulas de Chefes de Estado. Planeja-se, atualmente, constituir a Federação Sul-Americana das Câmaras Árabes de Comércio, para estimular ainda mais o intercâmbio inter-regional (o qual, entre 2004 e o início de 2009, saltou de US$ 11 bilhões para US$ 30 bilhões).
04/04/2011
 às 16:34

A FARSA DA CONDENAÇÃO DE ISRAEL NO CONSELHO DE DIREITOS HUMANOS DA ONU. AUTOR DO RELATÓRIO ADMITE QUE ERROU! NESTE BLOG, SEMPRE DISSEMOS QUE ELE ESTAVA ERRADO!

Caras e caros,
A história é um pouco longa, mas faço questão de registrá-la aqui em detalhes. Se tiverem um pouco de paciência, garanto que, ao fim do post, todos estaremos mais aptos a lidar com a realidade. Nos dias em que esta página parece quase isolada na crítica aos desatinos dos EUA na Líbia — a cobertura da VEJA tem sido impecável —, vale a pena a gente refletir um pouquinho sobre o que é o “fato” e o que é a “notícia”. Este blog conta com algumas vitórias intelectuais ao longo do tempo, decorrentes apenas do fato de dizer “não” às falsas evidências. Mas acho que nenhuma é tão acachapante quanto esta. Vamos lá?
*
No dia 3 de janeiro de 2009, o governo de Israel deu início à ofensiva contra a Faixa de Gaza, governada pelo Hamas. Era uma resposta aos milhares de foguetes que o grupo terrorista disparava— e dispara ainda — contra o país. Este blog, como sempre, lamentava a guerra, mas reconhecia o direito que o agredido — Israel — tinha e tem de se defender. A imprensa mundial, majoritariamente antiisraelense, gritava: “Crimes de guerra! Ação desproporcional!” Por “desproporcional”, queriam dizer que os foguetes do Hamas matavam poucos israelenses… O raciocínio é uma nojeira moral porque parte do princípio de que o Hamas deveria ser mais eficiente como máquina mortífera. Nesse caso, então, a resposta seria… proporcional!!! Em suma, faltavam cadáveres israelenses no conflito para que o confronto parecesse justo. Mais: como o Hamas disparava (e dispara) foguetes a esmo, sem querer saber onde cairiam — felizmente, costuma ser em áreas pouco habitadas —, então se supunha que a resposta israelense devesse ser a mesma, certo? Disparar também a esmo, “proporcionalmente”!!! Imaginem o que isso não causaria na abarrotada Gaza…
Apanhei uma barbaridade! Um colunista de esquerda de um grande jornal, antiisraelense como quase todos, chegou a me acusar, imaginem só!, de considerar que, “diante do Hamas, não há saída a não ser bombas sobre criancinhas” e de afirmar que, “diante do terrorismo, podem ser ingênuos os que criticam a tortura”. Obviamente, eu não tinha escrito nada disso — isso faz parte do enorme livro das coisas que não escrevi. Mas sabem como é… Os “inimigos” precisam ser caracterizados como satãs… Quem sabe, assim, os seus próprios capetas passem por anjinhos…
A coisa seguiu adiante. Os relatos da imprensa ocidental, quase todos, tinham origem em fontes palestinas, sobretudo nas chamadas “organizações humanitárias”, supostos médicos descompromissados, que estariam em Gaza com o único propósito de ajudar a população civil. Fazia-se de conta que o Hamas não se apresenta à população, antes de tudo, como uma… organização humanitária! Bem, as coisas ficaram feias pra valer quando veio o chamado “Relatório Goldstone”, em outubro de 2009. O texto, com efeito, acusava tanto Israel como o Hamas de cometer “crimes de guerra”, mas a censura ao grupo terrorista era não mais do que lateral. Quem apanhava mesmo era o país agredido. E a turma babava seu ódio: “Vamos ver o que você vai escrever agora, Reinaldo Azevedo!!!” E escrevi, sim, no dia 18 de outubro de 2009: o que segue. Escrevi porque li o relatório.
O Brasil votou no dia 16 a favor do chamado Relatório Goldstone (íntegra aqui), que acusa Israel e o Hamas de crimes de guerra em Gaza. O texto foi aprovado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, composto de 47 membros, por 25 votos a 6 e 11 abstenções. Cinco países se negaram até a votar. O nome do relatório é uma referência ao juiz sul-africano Richard Goldstone. Aparentemente, o relatório condena os dois lados. De fato, as acusações contra Israel são muito mais severas e ocupam quase todas as 575 páginas do documento. Entre outras delicadezas, omite as evidências de que o Hamas usou a população palestina como escudo. O conjunto revela uma farsa estupenda. E o papel do Brasil é mais detestável do que parece à primeira vista. Vamos ver.
Está tudo errado com esse relatório. Aliás, está tudo errado com o próprioConselho de Direitos Humanos, cujo vice-presidente é o egípcio Hisham Badr. O Egito é uma das ditaduras mais truculentas no planeta. No conselho, é apenas uma das tiranias. Também têm assento por lá as seguintes democracias exemplares: Angola, Bangladesh, China, Cuba, Gabão… Esses três últimos países, além do próprio Egito, fizeram parte do grupo que propôs a investigação. Trata-se, obviamente, de uma piada.
A mentira já começa na escolha do “juiz” Richard Goldstone, que é judeu. Quando se escolhe um judeu para averiguar se Israel é culpado ou inocente, o que se espera é que, em nome da isenção, ele declare a culpa do país, entenderam? Nem farei considerações aqui sobre a cultura judaica da autocrítica - “mal” de que não padecem seus adversários. Aponto a má-fé óbvia da escolha: se ele concluísse pela inocência de Israel, diriam: “Também, foram entregar a tarefa logo para um judeu…” Como ele concluiu que o país é culpado, a imprensa mundial destaca: “E olhem que Goldstone é judeu…” Judeu só é isento se condena Israel.
Para começo de conversa, ele não foi designado para saber se Israel cometeu crimes de guerra e sim para colher evidências do que já era dado como certo. Ele não precisava investigar nada. Bastava buscar algumas narrativas que endossassem o que o Conselho de Direitos Humanos, coalhado de facínoras, já havia decidido.
Provo o que digo. A decisão de criar a comissão é do dia 3 de abril deste ano.Aqui está a resolução de 13 de janeiro, que já condenava Israel. Por que fazer investigação se as conclusões já estavam prontas? O item 473, nas páginas 144 e 145, é patético. Traduzo: “A missão perguntou a diversas testemunhas em Gaza por que elas ficaram em suas casas apesar dos bombardeios e da invasão israelense. Elas declararam que decidiram ficar porque já conheciam incursões anteriores e, com base naquela experiência, não pensaram que correriam algum risco se permanecessem dentro de casa e porque não tinham lugar seguro para ir. Além disso, algumas testemunhas declararam que decidiram ficar porque queriam cuidar de sua casa e de sua propriedade. A Missão não encontrou evidências de que os civis foram forçados por grupos palestinos armados a permanecer nas suas casas”.
Como se vê, não é que o relatório omita a existência de escudos humanos. Ele os nega. O texto é um primor. Até o suposto auto-engano das vítimas (”com base em experiências anteriores”…) é responsabilidade de Israel. Pergunto: aquelas pessoas se imaginavam seguras, não tinham aonde ir ou queriam cuidar de suas propriedades? É o fim da picada! O Relatório Goldstone é um calhamaço de acusações contra Israel. A crítica ao Hamas é só um tributo da virtude ao vício. Na prática, o único ato errado que Goldstone atribui ao grupo é ficar jogando foguetes contra civis israelenses. Mas, como eles não costumam matar quase ninguém, isso não parece ser tão grave. Assim, o que parece aliviar a culpa daqueles humanistas é o fato de que não há cadáveres judeus o bastante. Se  os israelenses querem ver o Hamas ser realmente criticado na ONU, terão de permitir que eles sejam mais eficientes, deixando-se matar. É um troço nojento. Se vocês quiserem saber mais sobre o Relatório Goldstone, cliquem aqui. Há links com opiniões também favoráveis ao texto.
VolteiPois bem… Na sexta-feira, o juiz Richard Goldstone, o mesmo que redigiu o relatório que levou à condenação de Israel, escreveu um artigo no Washington Post em que, na prática, se desculpa por seu relatório. Num recuo como raramente, ou nunca!, vi nesses casos, afirma que, se soubesse em 2009 o que sabe hoje, seu texto teria sido outro. Goldstone está dizendo: “Vejam só! Tio Rei levanta da cadeira apenas para comprar cigarros (é preciso parar com esse vício…), mas ele estava certo, e eu, que fui a Gaza, que vi tudo de perto, que colhi depoimentos, estava errado”. É claro que é uma brincadeira, né? — queridos, há petralhas lendo o texto, e eles só entendem ironias com manual de instrução…
Leiam o texto vocês mesmos. Aqui vai uma síntese do que afirma:
1 - Sabe-se muito mais agora do que se sabia quando ele fez o relatório a pedido da ONU. Hoje, o texto seria outro.
2 - O relatório final, da juíza Mary McGowan Davis, que se seguiu ao seu, reconhece que Israel tem feito esforços e investido recursos para apurar as acusações de má conduta. Já o Hamas, até agora, não fez investigação nenhuma.
3 - O relatório aponta evidências de possíveis crimes de guerra tanto de Israel quanto do Hamas. Que os do Hamas tenham sido propositais, Isso é evidente. Afinal, dispararam os foguetes.
4 - As acusações de que Israel atacou civis intencionalmente foram feitas com base em relatos de campo, a partir da constatação de mortos e feridos; parecia não haver outra conclusão possível. Apurações posteriores reforçam alguns incidentes apontados naquela apuração de campo, MAS INDICAM QUE OS CIVIS NÃO ERAM ALVOS INTENCIONAIS DAS FORÇAS ISRAELENSES.  Ou seja: o núcleo do relatório é falso!
5 - O caso mais grave do relatório, a morte de 29 membros da família al-Simouni, tudo indica, foi mesmo decorrente de um erro de interpretação de um soldado, mas o caso está sendo investigado de maneira adequada, ainda que o processo seja lento.
6 - Goldstone saúda a disposição de Israel de fazer a investigação, endossa preocupação do relatório McGowan, segundo o qual poucos casos foram investigados até agora, diz que as apurações de Israel não negam a morte de civis, mas RECONHECE QUE ELES NÃO TINHAM EVIDÊNCIAS DE QUE OS CIVIS FORAM ALVOS DELIBERADOS DAS AÇÕES ISRAELENSES, conforme consta do relatório.
7 - Goldstone chega a dizer que a falta de colaboração de Israel com a investigação acabou impedindo a tal comissão de distinguir, entre os mortos, quantos eram realmente civis e quantos eram combatentes.
8 - Goldstone diz que o objetivo nunca foi condenar Israel por princípio, reconhece que a resolução da ONU que pediu a investigação tinha um viés antiisraelense (O QUE APONTEI NO BLOG) e que ele sempre achou que Israel tem o direito de se defender dos ataques externos (Hamas) e internos (terrorismo dentro do país). Tentando salvar um pouco a hora do seu relatório, exalta o fato de que ele foi o primeiro a reconhecer também as culpas do Hamas.
9 - Goldstone diz que o seu relatório nunca foi um processo judicial, mas uma conclamação para que cada parte procedesse à devida investigação. O relatório McGowan admite que Israel está fazendo a sua parte. O Hamas não está fazendo nada!
10 - Atenção, leitor, para o trecho mais sensacional do relatório:
Goldstone diz que alguns acusam a ingenuidade do seu relatório ao supor que o Hamas, que quer destruir Israel, faria uma investigação. O juiz confessa a esperança de que o Hamas pudesse fazê-lo, especialmente se Israel cumprisse a sua parte. Mais: ele diz que esperava, quando menos, que o grupo reduzisse os ataques a Israel. “Infelizmente, não foi o caso”, constata. E DIZ, COMO SE TIVESSE LIDO ESTE BLOG, QUE O FATO DE O HAMAS MATAR POUCOS ISRAELENSES COM SEUS FOGUETES NÃO MUDA A NATUREZA DO SEU CRIME, O QUE MERECE UMA CONDENAÇÃO MAIS FORTE DA ONU.
11 - No fim das contas, pedir ao Hamas que investigue os próprios crimes é perda de tempo. A ONU deveria exigir que a morte recente,  a sangue frio, de um casal israelense e seus três filhos, fosse investigada.
12 - Goldstone tenta salvar alguma coisa de seu relatório. Diz que ele contribui para que se tomem cuidados adicionais nas guerras em áreas urbanas, limitando o uso de fósforo branco; que elevou a Autoridade Nacional Palestina a investigar os crimes praticados na Cisjordânia pelas forças do Fatah contra o Hamas, mas que o Hamas, em Gaza, não fez absolutamente nada para apurar as acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
13 - O Hamas não está menos obrigado a seguir determinados procedimentos na guerra do que Israel. É preciso que todas as forças cooperem para proteger os civis.
ConcluoIsrael exigiu ontem a anulação do Relatório Goldstone. E faz muito bem! “O relatório tem de ir para a lata de lixo da história”, afirmou Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. Tem razão. “Nos nunca atacamos civis de forma deliberada (…), enquanto o Hamas nunca verificou nada [quem iria ser atingido]. Está certo de novo! Aquele que acusou Israel agora reconhece isso.
Não basta um artigo no Washington Post para repor a verdade.
Ah, sim: o Brasil de Lula e Celso Amorim, claro!, votou contra Israel. Nesse caso, vamos ver, talvez votasse ainda hoje…
Por Reinaldo Azevedo

Rodada Doha

rodada Doha das negociações da OMC (também conhecida em Portugal como «Ronda de Doha» ou «ciclo de negociações multilaterais de Doha») visa diminuir as barreiras comerciais em todo o mundo, com foco no livre comércio para os países em desenvolvimento. As conversações centram-se na separação entre os países ricos, desenvolvidos, e os maiores países em desenvolvimento (representados pelo G20). Os subsídios agrícolas são o principal tema de controvérsia nas negociações.
A rodada Doha começou em Doha (Qatar), e negociações subsequentes tiveram lugar em: Cancún (México), Genebra (Suíça), Paris (França), Hong Kong (China) e Potsdam (Alemanha).
A rodada Doha das negociações da OMC começou em novembro de 2001, com previsão de término em 2006. O objetivo era a adesão à Agenda de Desenvolvimento de Doha, e a partir daí negociar a abertura dos mercados agrícolas e industriais. A intenção declarada da rodada era tornar as regras de comércio mais livres para os países em desenvolvimento.
A conferência de Cancún em 2003, que tinha como objetivo "planejar um acordo concreto sobre os objetivos da rodada Doha", fracassou após quatro dias de discussão entre os países membros sobre subsídios agrícolas e acesso aos mercados. As quatro áreas-chave de negociação centraram-se em: agriculturaprodutos industrializados, comércio de serviços e atualização de normas alfandegárias.
A divisão Norte-Sul foi mais evidente em assuntos ligados à agricultura. Os subsídios agrícolas dos países ricos (tanto a Política Agrícola Comum da União Europeia quanto os subsídios agrícolas do governo dos EUA) se tornaram um ponto crucial. Os países em desenvolvimento finalmente rejeitaram um acordo que viram como desfavorável. Isto se reflete no novo bloco comercial de países em desenvolvimento e industrializados: o G20. Desde sua criação o G20 tem membros flutuantes, mas sua ponta de lança é o G4 (ChinaÍndiaBrasil eÁfrica do Sul), que respondem juntos por 65% da população mundial, 72% de suas fazendas e 22% de sua produção agrícola. Dados encontrados na página brasileira do G 20 demonstram a legitimidade do grupo, apontando como uma das razões para isso o fato de que seus membros representam "quase 60% da população mundial, 70% da população rural em todo o mundo e 26% das exportações agrícolas mundiais".
A conferência de agosto de 2004 em Genebra chegou a um esboço de acordo sobre a abertura do comércio global. Os EUA, UEJapão e Brasil concordaram em abolir subsídios às exportações, reduzir os subsídios agrícolas e diminuir as barreiras tarifárias. Nações em desenvolvimento concordaram em reduzir tarifas sobre produtos manufaturados, mas obtiveram o direito de proteger suas indústrias chave. O acordo também garante alfândegas simplificadas, e regras mais rígidas para ajuda ao desenvolvimento rural.
As negociações de Paris em setembro de 2005 se centraram em alguns temas: a França afirma que cortará os subsídios aos agricultores, enquanto que os EUA, a Austrália, a UE, Brasil e Índia não conseguiram chegar a acordos sobre frangocarne bovina e arroz. A maioria dos pontos críticos são pequenos assuntos técnicos, levando os negociadores a temer que o acordo sobre temas de grande risco político serão bem mais difíceis.
É necessário um acordo para finalizar as negociações em Hong Kong. A Oxfam acusou a UE de atrasar propositadamente as discussões, o que ameaça arruinar a rodada.
A conferência em Hong Kong aconteceu entre 13 e 18 de dezembro de 2005. Os negociadores do comércio querem conseguir progressos tangíveis antes do encontro da OMC em Hong Kong, e esperam a adesão ao acordo antes de 2007, quando expira a legislação por decreto (fast-track) dos EUA. Sem decretos, será muito mais difícil obter a ratificação do senado dos EUA.
A Rodada Doha é o principal elemento do comércio mundial. De fato, se trata das exaustivas negociações entre as maiores potências comerciais do mundo, com o objetivo de diminuir as barreiras comerciais, focando o livre comércio. As negociações receberam o nome de “Doha”, capital do Qatar, pois foi nessa cidade que os países começaram a discutir a abertura do comércio mundial.
O principal problema da Rodada Doha, ou seja, do comércio mundial, é a preocupação de cada país nos efeitos de uma política liberalizante que supostamente trariam desemprego em países que não estão aptos a concorrer de forma igual.
Se as nações em desenvolvimento como Brasil e Índia querem que a UE (União Europeia) e os EUA (Estados Unidos da América) diminuam os subsídios (incentivos oferecidos pelo governo aos produtores, proporcionando a redução dos custos de produção), os países desenvolvidos querem em troca, a abertura aos produtos industrializados europeus e americanos.
Todas essas questões foram grandemente discutidas nas rodadas em Cancún, Genebra, Paris e Hong Kong, porém até hoje não há um consenso mundial a respeito da abertura comercial.
Recentemente, o Brasil e a Índia, as principais potências comerciais em desenvolvimento, abandonaram as negociações da Rodada Doha, levando todo o mundo à frustração e à descrença a respeito da liberação do comércio mundial, já que tais países passaram por renovações políticas recentemente, adiando ainda mais as esperanças de negociações futuras.

ITAMARATY CONTRA O BRASIL NA UNESCO

Unesco: Brasil apoia egípcio antissemita: Apesar de dois brasileiros pleitearem a vaga, um deles com muita chance, o Itamaraty apoia o polêmico egípcio Farouk Hosni para a Unesco. Conhecido por posições antissemitas, Hosni tem a oposição de parceiros importantes do Brasil, como EUA e Rússia.

Brasil apoia egípcio polêmico contra brasileiros

Pelo menos Marcio Barbosa teria grande chance de dirigir Unesco, mas Itamaraty faz opção que contraria vários países

BRASÍLIA. Mesmo com dois brasileiros no páreo, o Brasil apoiará oficialmente o egípcio Farouk Hosni para o cargo de diretorgeral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Foram preteridos o diretor-adjunto da Unesco, Marcio Barbosa — com grandes chances de ganhar a eleição, prevista para setembro —, e o senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

A opção por Hosni foi confirmada ontem pelo Itamaraty, que, na avaliação de aliados do governo, estaria desagradando não apenas à comunidade científica nacional, mas a parceiros importantes, como EUA, Rússia, México, Argentina, França, Índia e China, que já teriam declarado apoio ao brasileiro Barbosa. Os EUA, recentemente, vetaram o nome do Hosni, devido a seu discurso antissemita. Os franceses, que antes haviam escolhido o egípcio, retiraram seu apoio.

- Sinto-me frustrado — afirmou Barbosa ao GLOBO, por telefone, de Paris.

Barbosa ajudou a levar EUA de volta à Unesco Ex-diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Barbosa conta com mais de 20 votos. Segundo funcionários do governo e parlamentares que acompanham sua trajetória, um de seus méritos foi levar de volta à Unesco, junto com o atual diretor-geral do organismo, o japonês Koichiro Matsuura, os EUA, afastados desde meados da década de 80.

Barbosa e Cristovam foram avisados da decisão pelo próprio chanceler Celso Amorim, semana passada. Um dos argumentos, relatou o senador, foi que o Brasil vem procurando manter boas relações com países árabes. O apoio a Hosni seria fundamental nessa estratégia.

— Minha candidatura só teria chance se contasse com o apoio direto do presidente Lula e do ministro Amorim. Mas o Márcio (Barbosa) fez uma grande campanha no mundo inteiro — afirmou Cristovam.

Para o senador, a direção-geral da Unesco seria natural para o Brasil, graças a experiências como o Bolsa Família e a exploração de alternativas energéticas — caso do etanol. O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Eduardo Azeredo (PSDB-MG), criticou: — Lamento o Itamaraty ter tomado essa decisão. Havia chances reais de o Brasil dirigir um órgão da importância da Unesco. O governo deveria apoiar um dos brasileiros.

Segundo fontes do governo, alguns fatores pesaram na decisão de apoiar Hosni, todos permeados pela necessidade de fortalecer relações com o mundo árabe. Entre eles, a maior participação do Brasil no processo de paz no Oriente Médio e o aval da região à candidatura do país a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU.

Amorim nega interesse em comando de agência nuclear Os mais inconformados dizem que a posição do país tem como foco a possibilidade de se ter um brasileiro, com apoio árabe, na diretoria-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Entre os cogitados estaria o próprio Amorim. O Itamaraty informou, ontem à noite, que apoia a candidatura do sul-africano Abdul Samad Mint para a AIEA.

— Não tenho interesse nesse cargo e, se o presidente Lula assim o quiser, gostaria de ficar no governo até o fim do mandato — disse Celso Amorim.

Correntes do governo e do Congresso tentarão convencer Lula e o Itamaraty a pelo menos não apoiar Hosni. Segundo publicações internacionais, ele teria dito que queimaria os livros em hebraico que encontrasse, quando foi ministro da Cultura de seu país.

A decisão será levada a Paris até o dia 31 deste mês.

'País abdica da oportunidade'

BRASÍLIA. Até então um dos favoritos ao cargo de diretor-geral da Unesco, o brasileiro Marcio Barbosa, diretor-adjunto do organismo, afirmou estar frustrado com a decisão do Itamaraty de apoiar o egípcio Farouk Hosni. Sem revelar quais são, ele disse que alguns países já se ofereceram para apresentar sua candidatura. Mas Barbosa não trabalha com essa possibilidade, por preferir representar o Brasil.

O GLOBO: Como o senhor vê a posição do governo brasileiro?

MARCIO BARBOSA: O Brasil sempre teve uma presença muito importante na Unesco em mais de 60 anos de história do organismo, mas nunca estivemos tão perto de um brasileiro assumir a sua direção. O Brasil é visto como um país que poderia dar uma grande contribuição neste momento.

Qual a sua sensação, ao saber que esse apoio não foi para o senhor? 

BARBOSA: É frustrante. O Brasil nunca dirigiu uma organização da ONU, e agora abdica dessa oportunidade. Estou frustrado com a decisão do Itamaraty.

Vários países são simpáticos à sua candidatura. Como eles estão reagindo? 

BARBOSA: Tenho sido sondado por alguns países sobre a possibilidade de eu me candidatar em nome deles. Mas não trabalho com essa hipótese.O Brasil tem até o final deste mês para apresentar oficialmente sua posição.

Houve precipitação do país?

BARBOSA: O Brasil se precipitou.

O golpista Manuel Zelaya
                                      
O conjunto de leis mais importantes de todos os países é a Constituição. Nenhuma lei a nível federal, estadual ou municipal, se sobrepõe à Constituição, também chamada de Carta Magna, a Lei Maior de cada país. Modificar a Carta Magna de um país para perpetuar-se no poder é algo inadmissível mas muito comum nos países Latino Americanos. E como fez e faz o caricato e perigoso ditador Hugo Chávez, Zelaya, presidente eleito de Honduras e já no penúltimo mês do último ano de mandato, quis dar o Golpe do Referendo, na tentativa de mudar a Constituição de seu país, inserindo nela um artigo que permitisse sua candidatura à reeleição. (Brevemente, estes referendos começarão a aparecer no nosso país). E isto violaria uma cláusula pétrea da Constituição de Honduras, que determina a imediata destituição do presidente que assim proceda. Convém dizer que Honduras é o país que mais sofreu golpes ao longo da  história política da América Latina. Cansados dessa rotina, inseriram na constituição esta cláusula pétrea, que foi recebida com grande euforia pelo povo hondurenho.
E, cumprindo rigorosamente a Constituição do país, por solicitação da mais Alta Corte e do Parlamento, as forças armadas depuseram Manuel Zelaya e seus lacaios, na sua malfadada empreitada golpista. Notem bem: As forças armadas foram convocadas pela mais Alta Corte do país para um serviço e obedeceram. Portanto, os poderes constituídos de Honduras agiram de acordo com  a lei, cumprindo o que determina a Constituição  daquele país. Evitou-se com isso mais um golpe de um presidente eleito que queria eternizar-se no poder, como ocorre regularmente na América Latina, com os seus presidentes esquerdistas, eleitos pelas massas mais desinformadas e despreparadas do planeta.
Está de parabéns o povo Hondurenho que cortou pela raiz o aparecimento de mais um seguidor  de Hugo Chávez, que, como comunista e discípulo de Fidel Castro, mais cedo ou mais tarde, se nada for feito, incendiará a América Latina.
E quanto ao presidente Lula, mais uma vez, pisou feio na bola. Desde a eclosão da crise, levantou a bandeira da deposição de Roberto Micheletti, que era o presidente do Parlamento e que assumiu a Presidência do País, como determina a Constituição de Honduras. E, pior do que isso, Lula abriu as portas da embaixada brasileira em Tegucigalpa ao golpista Zelaya, que não só aceitou a oferta, como levou consigo mais de sessenta correligionários que se aboletaram na nossa embaixada.
Ou seja, um pedaço do nosso país serve de apoio a um bando de golpistas que insistem em descumprir a Constituição do país, com apoio total e irrestrito de Lula e seus asseclas bolivaristas, também conhecidos como comunistas. Isto é muito mais do que ingerência nos assuntos internos de um país democrático, é quase uma declaração de guerra a Honduras.
A audácia e o maucaratismo de Zelaya são tão acentuados, que, mesmo estando dentro de território brasileiro, ao receber alimentos doados pela ONU para todos os que estão retidos na embaixada brasileira, determinou que somente os seus correligionários hondurenhos consumiriam estes alimentos. Quanto aos brasileiros que lá estão, que se danem!
Quanta humilhação para todos nós brasileiros!... Ora, diante de uma atitude tão irracional do ex-presidente Zelaya, chegamos à conclusão que quem manda e desmanda na embaixada brasileira em Honduras é justamente o presidente cassado. O Ministro Conselheiro de Negócios do Brasil em Honduras não está mais no prédio da embaixada brasileira e já foi substituído por um novo representante, Lineu Pupo de Paula. E o que faz lá o sr Lineu? Obedece ao sr Zelaya, é claro. Zelaya está usando a embaixada brasileira para estimular a violência no país. E a tal ponto que toma atitudes extremamente grosseiras como esta de negar alimentos oferecidos pela ONU a todos os que lá estão: Todos podem consumir tais alimentos, menos os brasileiros!
Viva o grande presidente Luiz Inapto Lula da Silva, que apóia tudo isso!!! 
Na última sexta feira, respondendo as acusações do atual presidente de Honduras, Roberto Michelleti, de que teria facilitado toda a operação que colocou Zelaya e mais 60 “cupinchas” na embaixada brasileira, vociferou: “Vocês vão ter que acreditar ou num golpista ou em mim”. Luiz Inapto Lula da Silva ainda não se convenceu que confiança, respeito e credibilidade não se impõem, se adquirem.
O nosso presidente-sindicalista ainda não se convenceu que nem todos os brasileiros são idiotas... nem sindicalistas, como ele.  
Senão, vejamos: Por que Lulalá se empenha tanto por democracia e eleições livres em Honduras e jamais pronunciou uma palavra sequer por eleições livres em Cuba? Portanto, quando diz que “precisamos defender a democracia e lutar contra todo o tipo de ditaduras na América Latina”, mente, por que nunca defendeu a democracia em Cuba, uma ditadura sanguinária de mais de 50 anos. (Aliás, seu grande líder e guru é Fidel Castro, pelo qual Lula devota uma grande adoração). Quando disse que jamais mexeria na Caderneta de Poupança, mentiu, pois estão a caminho mudanças significativas na Caderneta de Poupança, por ele determinadas. Quando disse que a “Bolsa-família” é uma medida maravilhosa, mente, pois há alguns anos atrás combatia as “bolsas-isso”, “bolsa-aquilo”, afirmando que estas famigeradas esmolas que dão aos pobres são demagógicas e “amarram o pobre pelo estômago, ao invés de pela cabeça”.
E muitas e muitas outras mentiras poderíamos aqui relatar se todas já não as conhecêssemos.

Exército boliviano ocupa duas refinarias da Petrobras
01 de maio de 2006  14h33  atualizado em 02 de maio de 2006 às 10h17

Duas refinarias da Petrobras foram ocupadas, nesta segunda-feira, por militares e funcionários da estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). A operação começou depois do presidente Evo Morales anunciar a nacionalização do setor de hidrocarbonetos, que corresponde ao petróleo e ao gás.
Exército boliviano ocupa duas refinarias da Petrobras (A) O governo boliviano não encampou somente a Petrobras. Toda a indústria petrolífera boliviana, incluindo 53 campos produtores, dutos e refinarias também estão sendo tomados pelo exército. Pelo menos 54 postos de gasolina particulares de empresários bolivianos já foram ocupados.
A operação foi confirmada pelo vice-presidente da Bolívia, Alvaro García Linera, durante um discurso por ocasião do Dia do Trabalho ocorrido na principal praça de La Paz. A medida também cerca de 20 empresas multinacionais, entre elas a Repsol (Espanha), a British Gas e British Petroleum (Grã-Bretanha) e a Total (França).
"Nestes minutos, na cidade de Cochabamba e em Santa Cruz, (duas refinarias da Petrobras) estão sendo ocupadas e controladas pelas Forças Armadas e pela YPFB. Hoje as refinarias são de propriedade majoritária dos bolivianos", disse García Linera.
"Nacionalizamos os recursos naturais de hidrocarbonetos do país; o Estado recupera a propriedade, a posse e o controle total e absoluto destes recursos", disse o presidente indígena ao ler o decreto de nacionalização para um grupo de trabalhadores.
A nacionalização dos hidrocarbonetos foi a principal promessa eleitoral que permitiu a Morales receber em dezembro passado a presidência da Bolívia, com a maior parte de sua população na pobreza apesar de ter a segunda maior reserva de gás natural na América do Sul, atrás apenas da Venezuela.
"Estamos cumprindo, não somos um governo de promessas. O que prometemos e o que o povo pede nós cumprimos", disse Morales, no poder há 100 dias.
A medida implica que o Estado tome a propriedade dos recursos de hidrocarbonetos e faça sua comercialização, deixando às petrolíferas estrangeiras o papel de meras operadoras.
15/11/2010
 às 17:13 \ Sanatório Geral

Faltou vergonha

“O fato de Orlando Zapata ter morrido quando o presidente estava lá era imprevisível, você chame como quiser chamar”.

Celso Amorim, chanceler em miniatura, na Folha, irritado com a jornalista Eliane Cantanhêde, que qualificou de “coincidência infeliz” a aparição de Lula às gargalhadas ao lado dos irmãos Castro no dia da morte do preso político cubano Orlando Zapata, fingindo ignorar que não se deve chamar nem de “imprevisto” nem de “coincidência” o que só acontece quando sobra desfaçatez e falta vergonha.

Negociações entre Brasil e Paraguai

A Usina de Itaipu é resultado de intensas negociações entre os dois países durante a década de 1960. Em 22 de julho de 1966, os ministros das Relações Exteriores do BrasilJuracy Magalhães, e do ParaguaiSapena Pastor, assinaram a "Ata do Iguaçu", uma declaração conjunta de interesse mútuo para estudar o aproveitamento dos recursos hídricos dos dois países, no trecho do Rio Paraná "desde e inclusive o Salto de Sete Quedas até a foz do Rio Iguaçu".[3] O Tratado que deu origem à usina foi assinado em 1973.
Os termos do tratado, que expira em 2023, têm sido objeto de descontentamento generalizado por parte do Paraguai. O governo do presidente Fernando Lugo prometeu renegociar os termos do tratado com o Brasil, que permaneceu por muito tempo hostil a qualquer tipo de renegociação.[4]
Em julho de 2009, houve uma renegociação do Tratado de Itaipu, pela qual o Brasil aceitou passar a pagar o triplo do que pagava ao Paraguai pelo percentual de eletricidade produzida por Itaipu, pertencente a este país. Por esse acordo também, o Brasil passou a permitir que o excedente da energia paraguaia seja vendido diretamente às empresas brasileiras (ou a outros países), se assim preferirem os paraguaios, pondo fim ao monopólio elétrico brasileiro.

Mercosul

Argentina aumenta barreiras comerciais contra o Brasil

Com as novas resoluções, quase um quarto dos produtos fabricados no Brasil e enviados aos argentinos se tornam alvo de medidas protecionistas

Cristina Kirchner
Para Cristina Kirchner, as medidas protegem a indústria argentina de "assimetrias" (AFP)
A carne suína brasileira poderá ser o próximo item a sofrer restrições por parte da Argentina
O governo da presidente Cristina Kirchner aplica uma saraivada de medidas protecionistas que restringem ou atrasam a entrada de produtos brasileiros no mercado argentino. Segundo a consultoria portenha Abeceb, do total de exportações realizadas pelo Brasil para a Argentina, 23,9% são alvo de barreiras – quase um quarto das vendas.
A proporção indica um salto em relação ao ano passado, quando as medidas protecionistas atingiam 13,5% dos produtos fabricados no Brasil destinados à Argentina. Assustado com o crescente superávit comercial brasileiro, o governo Kirchner costuma argumentar que as medidas protegem a indústria nacional das "assimetrias". De janeiro a abril, o Brasil acumula saldo positivo de 1,33 bilhão de dólares com a Argentina. A previsão da consultoria Abeceb é que o superávit chegue a 6,5 bilhões de dólares este ano.
Nos últimos 12 meses, o governo argentino dificultou a entrada de eletrodomésticos, chocolates e máquinas agrícolas; aplicou valores critério (preço mínimo) para a importação de bidês e vasos sanitários; e tomou medidas adicionais de segurança para brinquedos. Já constavam da lista de restrições de anos anteriores autopeças, material de transporte, calçados e toalhas. De quebra, pairam ameaças sobre as vendas de carne suína.
A situação preocupa o Brasil, que estuda uma retaliação para breve. Segundo fontes do governo, "não adianta conversar com os argentinos". O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, esteve em Buenos Aires em fevereiro e voltou com o compromisso de que os produtos brasileiros seriam excluídos das barreiras. Mas as promessas não foram cumpridas, o que irritou um dos auxiliares mais próximos da presidente Dilma Rousseff.
(Com Agência Estado) 

Lula e Ahmadinejad reclamam nova ordem mundial

Brasil e o Irã assinaram memorandos relativos à cooperação comercial, troca de tecnologia e colaboração no terreno energético

16 de maio de 2010 | 14h 19
Efe
 
Lula e Mahmoud Ahmadinejad, líder iraniano, durante encontro em Teerã  
TEERÃ - Os presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, concordaram neste domingo, 16, com a necessidade de uma nova ordem econômica e comercial no mundo que conceda mais peso aos países emergentes.
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Diferentes na forma, mas próximos no conteúdo, os dois fizeram um discurso parecido no encerramento de IV Fórum Comercial Irã-Brasil, realizado este domingo no centro de convenções da televisão nacional iraniana ("IRIB"), no norte de Teerã.
O Brasil e o Irã assinaram oito memorandos de entendimento, relativos à cooperação comercial, a abertura de linhas diretas de crédito, a troca de tecnologia e a colaboração no terreno energético e, em particular, no setor petroleiro.
Mais comedido, Lula ressaltou que a relação entre os dois países "é muito importante em um momento em que o mundo se encontra em transformação". "Uma nova geografia econômica e comercial que necessita de um sistema multilateral", baseado nas relações bilaterais e na diversificação, em que o eixo sul-sul deve desempenhar um papel chave, acrescentou.
Lula ressaltou que a abertura de um linha direta de crédito de 1 bilhão de euros a cinco anos entre os países foi o elemento central das negociações, que considerou proveitosas.
O objetivo é facilitar o acesso ao financiamento de empresas mútuas que queiram investir no Irã e no Brasil e conseguir assim intermediários de outros órgãos internacionais, explicou. "O Irã é um dos grandes mercados do mundo e nos últimos cinco anos se transformou em um dos principais mercados do Brasil no Oriente Médio. A crise não o afetou. Pelo contrário, podemos avançar muito mais", afirmou.
Ahmadinejad, por sua vez, chamou o sistema econômico atual de "inseguro" e também insistiu na "necessidade de substituí-lo por uma nova ordem econômica e monetária sustentada na justiça". "O sistema capitalista chegou ao seu fim, não só na cena econômica, mas também nos campos da política e da segurança mundial, e agora enfrenta sérios problemas", ressaltou.
Neste sentido, voltou a denunciar que "as políticas, as divisas e as infraestruturas dominantes perseguem o lucro de uma minoria de nações e transmitem os problemas dos países capitalistas aos países emergentes como o Irã e o Brasil".
Como solução, o líder iraniano propôs "a ampliação das relações bilaterais, que evitará estes problemas" e a necessidade de fixar "novos sistemas econômicos, novos pactos bancários e monetários fora do sistema dominante".
Ahmadinejad assegurou que o "Irã e o Brasil estão se transformando nos polos importantes do mundo" e ressaltou que com a ampliação das relações bilaterais "podem ter um papel determinante". "Devemos tirar os obstáculos alfandegários e melhorar nossos sistemas de transporte para potencializar e melhorar o comércio bilateral", concluiu.
O balança comercial entre o Irã e o Brasil é cifrada em torno dos US$ 1,5 bilhão, com trocas propícias com o Brasil que exporta, sobretudo, alimentos e maquinário.
EncerroA coisa não deixa de ter sua graça. De todos os candidatos que o Brasil apresentou para disputar cargos em organismos multilaterais, Graziano é, sem dúvida, o pior, uma vez que é de incompetência comprovada. E foi justamente com ele que venceu.
Pronto! A petralhada não tem por que se decepcionar!
Por Reinaldo Azevedo