segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Como os Petistas sao unidos!


07/02/2011
 às 16:13

Lula acusa sindicalistas de oportunismo na discussão do mínimo

Por Bernardo Mello Franco, na Folha Online:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de oportunista a recusa dos dirigentes sindicais em aceitar o aumento no salário minimo proposto pelo governo de sua sucessora, Dilma Rousseff. Lula fez duras críticas às entidades por, segundo ele, não respeitarem a regra informal do reajuste negociada em sua gestão.”O que não pode é os nossos companheiros sindicalistas, a cada momento, quererem mudar a regra do jogo”, disse em Dacar, onde participa do Fórum Social Mundial.”Ou você tem uma regra, aprova na Câmara, vira lei e todo mundo fica tranquilo, ou você fica com o oportunismo.”
Lula disse que a regra do reajuste não foi dada pelo governo, e sim negociada com as centrais sindicais pelo então ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), hoje prefeito de São Bernardo do Campo. “Na política, muitas vezes vale a palavra. Não é uma boa política querer mudar a cada ano um acordo que a gente faça”, declarou o ex-presidente.Ao assinalar o apoio a Dilma, Lula contraria líderes sindicais que apontam uma relação mais fluida com o seu governo, em contraponto à nova gestão.
O deputado Paulinho da Força (PDT-SP), presidente da Força Sindical, chegou a dizer que Dilma, ao negar maior reajuste no piso salarial, vai contra o legado de Lula e se alinha à política econômica de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
MÉDIO PRAZO
Em seu governo, Lula chegou a enviar um projeto que previa uma política para o salário válida até 2023. O Congresso, contudo, não o aprovou. Dilma, agora, discute fechar uma política de valorização a médio prazo: só até 2014. O valor oferecido pelo governo é de R$ 545. As centrais sindicais pleiteiam R$ 580, embora sinalizem que podem admitir valor mais baixo.
O ministro Luiz Sérgio (Relações Institucionais) descartou a possibilidade de antecipar parte do reajuste previsto para 2012 (cerca de 14%), pois pretende garantir um aumento mais robusto do salário já neste ano. A manobra é bem recebida pelas centrais.
Por Reinaldo Azevedo



07/02/2011
 às 17:55

Lula sentiu cheiro de carne queimada e agiu

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sentiu cheiro de carne queimada e resolveu atuar. Criticou as centrais sindicais, que querem rever o acordo do salário mínimo que elas próprias fecharam com o governo. É claro que, em si, é mesmo um absurdo. Essa gente toda é base do PT e funcionou como esbirro da candidatura Dilma Rousseff. Sabia muito bem qual era a regra.
Dilma está na fase, como disse, de acenar para aquilo que os petistas chamam “conservadores”. O partido é sempre assim em inicio de governo. Trata-se de uma tentativa de ganhar apoio dos mercados. Com ar grave, dizem então: “Olhem como são responsáveis!” O fato é que o governo está passando um aperto danado por causa da gastança dos dois últimos anos de governo Lula — aqueles rumo à boca da urna.
A irresponsabilidade elegeu Dilma; agora é preciso afetar responsabilidade para governar.
Aqui e ali, as centrais ensaiavam o discurso de que, “com Lula, seria diferente”, tentando criar contradição onde não existe. Diga-se o que se disser do Apedeuta, burro ele não é. Tem um raro faro político.
Por Reinaldo



07/02/2011
 às 18:06

A unidade petista

A questão do salário mínimo e das centrais sindicais demonstra que o PT não arma ciladas para si mesmo. É importante para Dilma endurecer o discurso com as centrais — até porque o governo só está fazendo o que foi combinado com elas. E é fundamental que não se criem falsas oposições entre o “jeito Dilma” e o “jeito Lula” de governar, especialmente porque este é apenas o 38º dia de titularidade da presidente. Nesse tempo, já se inventou a figura da Rainha Dilma Primeira, virtuosamente Muda, e já se ensaiou uma mudança na política externa. Hora de apostar na união.
Fossem os tucanos, estariam se estapeando.
Por Reinaldo Azevedo



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