sábado, 5 de fevereiro de 2011

Setor Eletrico x Familia Sarney


04/02/2011
 às 14:15

Dilma terceiriza o setor elétrico à família Sarney

O Estadão de hoje traz um editorial crítico ao pronunciamento de Dilma Rousseff no Congresso. Que bom! Então não fui só eu a considerar aquilo uma “maçaroca”, com suas “prioridades centrais”, como disse a presidente. Quem sabe a imprensa, tomada genericamente, vá se recuperando aos poucos, não é?
A construção da figura de Dona Dilma Primeira, a Muda, está pautada pelo marketing, com já sabemos. Faz-se um esforço danado para dissociá-la de atos da administração, como se ela flutuasse no éter. Mas não flutua. Vejam só: se ela é íntima de uma área da administração, essa área é o setor elétrico, certo? Pois é… Nesse caso, não se pode dizer que ela é enganada por esse ou aquele. E, curiosamente, é a fatia do governo que a rainha praticamente terceirizou: entregou para a Família Sarney.
Edison Lobão, ministro das Minas e Energia; Flávio Decat, que vai presidir Furnas, e José Antônio Muniz Filho, que deve comandar a Eletronorte, são todos afiliados de Sarney.
A nota irônica é que a escolha de um homem de Sarney para Furnas veio como antídoto à influência do deputado Eduardo Cunha (PDMB-RJ) na estatal. Entenderam ou querem que eu repita? Considerando o PMDB no seu conjunto, Sarney vira uma referência ética!!!
Por Reinaldo Azevedo



04/02/2011
 às 14:41

Apagão no Nordeste: em quem Dilma vai dar pito?

O Nordeste sofreu um apagão ontem. Na última vez em que isso aconteceu, na noite do dia 10 de novembro de 2009, estendendo-se por algumas horas da madrugada do dia 11, a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, deu um pito nos jornalistas que queriam saber detalhes a respeito e aproveitou para atacar… FHC!
O governo também popularizou a “Teoria do Raio”, que teria provocado uma problema técnico etc. Veio o Inpe e concluiu que raio não foi. Então foi, bem, sei lá… À época, Dilma não tinha ainda esse ar superior de Rainha de Banânia. Com os jornalistas insistindo em saber as causas, ela disparou naquele estranho idioma que falava:
“Minha querida, tem uma coisa que nós humanos temos um problema imenso: nós não controlamos chuva, vento e raio. Sempre quisemos, mas não conseguimos ainda. Talvez algum dia, né?”
O vídeo abaixo é todo editorializado e coisa e tal. Eu só o publico aqui porque nunca antes na história destepaiz alguém explicou tão bem um apagão como a então ministra: a partir de 1min27s. Assista.
Vamos combinar? Calada, é uma rainha!
Por Reinaldo Azevedo



04/02/2011
 às 15:05

É nisto que dá o estatismo defendido pela escória esquerdista!

Uma reportagem do Estadão de hoje traz os bastidores da escolha de Flávio Decat para presidir Furnas. Vale a pena ler um trecho. Volto em seguida:
De acordo com participantes de uma reunião entre dirigentes peemedebistas com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que começou na noite de quarta-feira e terminou às 2 horas de ontem, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), deu berros ao saber que Dilma escolheria Decat para Furnas. “A Câmara não aceita perder Furnas para o Senado”, disse Henrique Alves, segundo relato de um dos presentes.
Dessa reunião participaram, além de Henrique Alves e Palocci, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), e o vice-presidente Michel Temer.
O encontro foi realizado num apartamento de Temer, num hotel que fica a menos de 600 metros do Palácio da Alvorada. No fim da tarde de ontem, foi feita nova reunião entre os mesmos participantes, quando o nome de Decat foi confirmado.
Voltei
O trecho é precioso. Vejam  ali Antônio Palocci, o primeiro-ministro em ação. Notem que ninguém estava num prédio oficial, decidindo os destinos da nação, em horário de expediente. Era um daqueles arranjos privados da coisa pública, em ambiente também privado, varando a noite. Tudo pelo bem da pátria. Fico aqui a imaginar o nobilíssimo Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara, aos berros. Por que será que eles fazem tanta questão de “ter” o presidente de Furnas? A minha pergunta é retórica, leitor.
Quando penso que este é o país que, há três eleições, assiste à satanização das privatizações e quando vejo, como agora, o uso que se faz das empresas estatais, a sensação, obviamente, é de nojo. Quem ali está querendo servir ao público e quem ali está querendo se servir do bem público?
Por que há tanta corrupção no Brasil? É evidente que isso se deve ao tamanho do Estado. Quanto maior, maiores são as chances por motivos que, a esta altura, dispensam explicações. Uma cena como essa, do ambiente à fala, passando por alguns personagens, é coisa absolutamente asquerosa. Mas privatização virou um verdadeiro palavrão no Brasil, com a ajuda da imprensa, sim, boa parte dela abduzida ou infiltrada pelo “partido”. Eis aí: o estatismo defendido pela escória esquerdista é o paraíso para progressistas como Sarney, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves.
Por Reinaldo Azevedo



04/02/2011
 às 15:35

O baguncismo de Furnas. O amigo do filho de Sarney dará um jeito

A presidente Dilma Rousseff confirmou ontem o nome de Flávio Decat para a presidência de Furnas. Foi indicado como nome escolhido por ela. Pode ser. Mas também é da turma de Sarney, como já escrevi aqui, para quem Fernando, o filho enrolado, já pediu até emprego. Furnas? Pois leiam o que a Folha informa hoje. A estatal está mais para um show de horrores.
Sócia de Furnas omitiu sua origem em paraíso fiscal
Por Hudson Corrêa e Cristina Griullo: 
A Companhia Energética Serra da Carioca, empresa pivô da crise em Furnas, omitia seu sócio controlador e não apontava a origem do dinheiro investido na construção de uma hidrelétrica em Goiás em sociedade com a estatal, indicam documentos obtidos pela Folha.
Apesar dessas suspeitas, levantadas em relatório do corpo técnico do BNDES, Furnas comprou da empresa a participação no negócio da hidrelétrica. Pagou pelas ações, em agosto de 2008, cerca de R$ 80 milhões. Oito meses antes, a Serra da Carioca havia entrado no negócio desembolsando apenas R$ 7 milhões pelas mesmas ações.
A estatal diz que não teve prejuízo porque a empresa já havia investido R$ 75 milhões no empreendimento. Mas não divulgou documento comprovando o aporte. As dúvidas sobre a  idoneidade da companhia vieram à tona quando ela foi apresentada por Furnas ao BNDES como sua nova sócia. O BNDES já havia aprovado financiamento de R$ 587 milhões para a obra, mas passou a reavaliar seu aval. Na época, o banco pediu informações sobre o quadro societário da Serra da Carioca. Na relação de sócios, estavam os empresários João Alberto Nogueira e Sérgio Reinas, com 5% das ações cada um, e a Gallway Projetos e Energia do Brasil, com 90%.
A controladora da Gallway era a Atlantic Energy Private Foundation com 99,99%.
A Serra da Carioca omitiu que Atlantic, sediada nas Antilhas Holandesas (paraíso fiscal), pertencia a Nogueira. Mas ao ser pressionada pelos técnicos do BNDES confirmou a informação. A Atlantic não aparecia no Imposto de Renda do empresário. Íntegra aqui
Por Reinaldo Azevedo



04/02/2011
 às 16:01

Família Sarney também emplaca o “Pipoca” no setor elétrico!

Ah, sim: o presidente de Furnas, Flávio Decat, não é o único amigo de Fernando Sarney na cúpula do setor elétrico, área que tem a especial predileção do clã. Também tem o “Pipoca”. Quem é o “Pipoca”? Fernanda Odilla e Andreza Matais informam na Folha desta sexta:
O ministro Edison Lobão (PMDB) trouxe de volta ao Ministério de Minas e Energia um assessor que foi grampeado pela Polícia Federal ao conversar com o filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), sobre pedidos de favores. Na época das gravações, Antonio Carlos Gomes Lima, o Pipoca, como é conhecido, era assessor especial de Lobão na pasta. Ele deixou o cargo em 2009, depois de a imprensa noticiar suas relações com o empresário Fernando Sarney. Segundo as conversas, Pipoca recebe ordens de Fernando, que ditava compromissos e marcava encontros na agenda do ministro, além de pedir nomeações em cargos comissionados.
O assessor de Lobão não era o alvo da polícia, mas foi apontado pela PF como interlocutor frequente do principal investigado, Fernando Sarney, já indiciado sob acusação de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e outros crimes -os quais nega. A nomeação de Pipoca, que reassumiu o comando da assessoria de comunicação da pasta, foi publicada no “Diário Oficial” em janeiro. Ao deixar o MME, em 2009, ele foi para a Eletrobras, outro reduto da família Sarney, como assistente da presidência, e ganhou uma cadeira no conselho de administração da Eletronuclear. Funcionário do governo do MA, Pipoca negou envolvimento com as ações investigadas pela PF e afirmou que foi cedido ao MME pela Eletrobras em janeiro deste ano. Disse que mantém relação de amizade com a família Sarney há 30 anos e que fez por Fernando Sarney o que faria “por outra pessoa”.
Por Reinaldo Azevedo



04/02/2011
 às 21:59

(I can’t get no) Satisfaction

Leiam o que informa o Estadão. Volto em seguida:
Depois de um ano de investigação a Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira, 3, no Maranhão, durante a operação Astiages, nove pessoas envolvidas em um esquema que teria desviado e lavado mais de R$ 50 milhões da prefeitura de Barra do Corda (MA). Entre os presos estão dois filhos, um genro e uma nora do prefeito Manoel Mariano Souza (PV), o Nenzim, que junto com a esposa, também é acusado de envolvimento nos desvios e que até o final da tarde de ontem estava foragido.
De acordo com a imprensa maranhense, Nezim sabia que poderia ser preso pela PF e desde segunda-feira, 31, vinha tentando obter um habeas corpus preventivo e chegou mesmo a visitar a governadora Roseana Sarney (PMDB) junto com o deputado Rigo Teles (PV), que também é seu filho, às vésperas da operação ser desencadeada.
Segundo o superintendente em exercício da PF no Maranhão, Eugênio Ricas, a investigação em cima do esquema de desvio em Barra do Corda começou em fevereiro do ano passado em virtude de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras Coaf.
“O relatório mostrou uma variação patrimonial grande e a partir daí instaurou-se um inquérito para investigar o caso. Ele (prefeito) não tem como explicar a evolução patrimonial gigantesca em tão pouco tempo”, afirmou o superintendente em exercício da PF no Maranhão, Eugênio Ricas.
Operação
Participaram da operação desta quinta cerca de 100 agentes federais do Maranhão, Piauí e Brasília que cumpriram 18 mandatos de busca e apreensão e nove dos 12 mandatos de prisão temporária.
Entre os presos estão o filho de Nezim, Pedro Alberto Teles de Sousa, que também é secretário de Finanças de Barra do Corda; a filha, Sandra Maria Teles de Sousa; o genro, Inamar Araújo Medeiros e a nora, Janaína Maria Simões de Sousa. Junto com Nezim e a esposa eles constituíam o núcleo familiar do esquema.
Outras cinco pessoas, todas apontadas como laranjas também foram detidas, junto com João Batista Magalhães, que seria “lobista” da prefeitura e ex-assessor do vice-governador do Maranhão, Washington Luiz Oliveira (PT), que constituíam o núcleo de apoio.
Além dos presos, os agentes federais ainda apreenderam duas aeronaves - um bimotor Embraer EMB-810C, prefixo PT-EYW, e um helicóptero Robson R-22 - no aeroporto de São Luís, duas caminhonetes Mitsubishi Pajeros, uma Toyota caminhonete Hillux, dois Hondas City, um Honda CRV, 6 caminhões baú, grande quantidade de joias e relógios de luxo, além de farta quantidade de documentos.
“Agora vamos analisar todos os documentos e provas que coletamos, além dos depoimentos dos que foram presos hoje. Os policias de outros estados retornam as suas bases porém as investigações continuam”, explicou Ricas.
Voltei
Não estou inferindo nada, mas informando. A maior autoridade do PV no Maranhão é Zequinha Sarney, o filho “progressista” de Sarney, companheiro de Marina Silva, aquela que viu “a coisa” da floresta.
Em matéria de prisões no Maranhão, eu faço como Mick Jagger, entendem?, e começo a cantar: “(I can’t get no) Satisfaction”. Para mim, nunca será o bastante. Eu só não rebolo porque não se trata da expressão da minha subjetividade, entendem?
Por Reinaldo Azevedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário