sábado, 5 de fevereiro de 2011

Egito x Facebook


04/02/2011
 às 21:21

Não estavam rezando para o Facebook

Uma das maiores mistificações destes dias é a história de que a Internet fez a revolução no Egito - e, pois, agitaria todo o mundo árabe, muito especialmente os países que têm governos apoiados pelos EUA.
Como todo mundo, vi uma foto impressionante: milhares de pessoas que protestam na praça param e se ajoelham, cabeça posta ao chão.
Não! Não era para o Facebook, que boa parte nem sabe o que é. Era para Alá. A rede social que os une, vai ficando cada vez mais claro, se chama “Irmandade Muçulmana”. Talvez as redes sociais facilitem a comunicação um tantinho, só isso. Mas não estamos diante de um evento-relâmpago. Uma idéia mantém a praça ocupada, caramba!
Por Reinaldo Azevedo



05/02/2011
 às 15:31

Facebook não funciona contra ditadura que financia terroristas… Estranho, né?

Vejam o que está no Estadão Online, segundo informe da AFP. Volto em seguida:
Uma manifestação organizada na Síria para protestar contra “a monocracia, a corrupção e a tirania” não ocorreu como o planejado nesta sexta-feira, 4, por falta de adeptos, informou a agência de notícias AFP. As ruas da capital, Damasco, permaneciam tranquilas após o período de orações da sexta-feira. As grandes praças da cidade, onde os manifestantes se reuniriam, estavam desertas. Mesmo assim, havia mais membros das forças de segurança nas ruas que de costuma.
Um grupo do Facebook com milhares de membros havia organizado a passeata, batizada de “Revolução Síria 2011″. A página na rede social chamava a população a se reunir depois do período de orações na “grande primeira jornada da ira do povo sírio e da rebelião civil em todas as cidades do país”. O grupo se dizia contra “a monocracia, a corrupção e a tirania”. Atualmente, a página está bloqueada pelas autoridades síria, mas os usuários do site conseguem acessá-la graças a programas específicos. Ainda assim, poucos membros do grupo atenderam ao chamado.
A tentativa de manifestações na Síria seguem-se às revoltas da Tunísia e do Egito, onde jovens e opositores se organizaram pela internet para protestar contra o governo. Na Tunísia, o ditador Zine El Abidine Ben Ali foi derrubado, enquanto no Egito as marchas entraram no 11º dia nesta sexta.
ComentoQue coisa, não? Então quer dizer que o Facebook, sozinho, não faz uma revolução? E notem que não é por falta de ditadura, né? Nesse quesito, a Síria bate o Egito com méritos. Vai ver a Irmandade Muçulmana não tem interesse na queda do ditador Bahsar Assad, filho do ditador anterior.  Ali, a dinastia ditatorial deu certo.
Que povo, né!? Um protesto contra o governo sírio, que financia o Hamas, o Hezbollah e terroristas no Iraque, não deu certo! Por que eu não estou absolutamente espantado com isso?
Perguntem pro Arnaldo Jabor por que o Facebook só funciona contra aliados dos EUA… Essa história de revolução da Internet é uma das maiores boçalidades dos últimos anos. O nome da “rede social”  que fez o levante egípcio é “Irmandade Muçulmana”, e seu “book” é o Corão. Pode-se achar isso bom ou mau - eu acho péssimo -, mas é o que é. E só par encerrar este post: se sou da Irmandade, também peço “democracia” e “eleições livres”. No dia em que a Irmandade impuser o seu programa, extinguem-se os dois porque eles se tornam desnecessários. A sociedade não mais precisará desses expedientes antigos.
Por Reinaldo Azevedo



05/02/2011
 às 16:55

Há cinco dias, um líder da Irmandade pediu fim do fornecimento de gás para Israel; nesta manhã, gasoduto sofreu atentado

A imprensa ocidental tem a firme determinação de minimizar o papel da Irmandade Muçulmana na crise egípcia. Seus representantes moderados - gente devidamente preparada para seduzir jornalistas ocidentais - diz que a organização  nada tem a ver com a crise e que só quer democracia,. Entendo. Logo se diz: “Vejam como eles são a solução!” Pois é… Há um pouco de tudo nisso: engano, auto-engano e, obviamente e como sempre, pilantragem intelectual. Afinal, se o que acontece no Egito é ruim para os EUA, muita gente considera bom bom  - ao menos para suas fantasias escatológicas.
No dia 31, segunda-feira, publiquei aqui o seguinte post:
Alguns gostam de falar sobre ilusões. Outros preferem fatos. Vamos ver. Mohamed Ghanem, um dos líderes da Irmandade Muçulmana no Egito - ele vivia na Inglaterra até outro dia - concedeu uma entrevista à TV iraniana Al Alam em que convoca o Egito a interromper a venda de gás para Israel. Diz ainda que o país deve preparar o Exército para uma guerra com o vizinho.
Ele acusa na entrevista o governo de Hosni Mubarak de ser apoiado por Israel e diz que a polícia e o Exército não conseguiram brecar as ações da Irmandade Muçulmana.
Que eu saiba, fui o único a publicar essa notícia por aqui. Boa parte das pessioas estava ocupada em tentar provar que o Facebook faz revolução. Sabem o que aconteceu hoje? Uma explosão atingiu uma estação compressora de gás e se espalhou para um dos principais gasodutos da cidade de Arish, na península egípcia do Sinai, a cerca de 70 quilômetros da Faixa de Gaza. Vem a ser o gasoduto que leva o gás para Israel.
Segundo a Rádio Israel, as explosões não afetaram o suprimento de gás, mas ele foi suspenso por media de segurança. O ataque teria atingido apenas a outra tubulação, que segue para a Jordânia.
Moderados!
Por Reinaldo Azevedo

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