terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sismo mata várias dezenas de pessoas na Nova Zelândia

Nova Zelândia decreta toque de recolher para evitar saques após terremoto

Nenhum cidadão poderá ficar nas ruas da cidade depois das 18h30; autoridades dizem que medida foi tomada por causa de risco de mais edifícios desmoronarem caso aconteça outros terremotos

23 de fevereiro de 2011 | 2h 09
Efe

SYDNEY - As autoridades neozelandesas decretaram toque de recolher na cidade de Christchurch nesta quarta-feira, 23, para evitar saques depois do terremoto de 6,3 graus de magnitude na escala Richter que deixou pelo menos 75 mortos.

Francis Vallance/Reuters
Francis Vallance/Reuters
Casa destruída após terremoto que atingiu a cidade de Christchurch, na Nova Zelândia

Nenhum cidadão poderá ficar nas ruas da cidade depois das 18h30, anunciou a polícia após confirmar que seis pessoas foram detidas por tentativa de roubo.

As autoridades também argumentaram que a medida foi tomada pelo risco de mais edifícios desmoronarem caso aconteça outros terremotos durante a noite.

O primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key, declarou estado de emergência nacional pelo terremoto na manhã desta quarta-feira e pediu que todos os neozelandeses ajudem as vítimas.

Key agradeceu a ajuda de todo o mundo, e prometeu que não economizará esforços para resgatar as cerca de 300 pessoas que continuam presas sob escombros.

O primeiro-ministro avaliou que a reconstrução de Christchurch custará entre US$ 6 bilhões e US$ 8 bilhões, embora alguns analistas calculem que os danos superarão US$ 16 bilhões.

Enquanto isso, os serviços de emergência trabalham contra o relógio para encontrar sobreviventes e acreditam que o número de mortos aumentará nas próximas horas.

Cerca de 500 membros das equipes de socorro conseguiram resgatar com vida 120 pessoas, entre elas 15 trabalhadores presos dentro de um edifício de seis andares que desmoronou após o tremor.

O chefe das operações de salvamento, Russell Gibson, declarou à rádio local que "é um açougue. Há corpos jogados nas ruas, esmagados sob os escombros e presos em carros" por todo o centro de Christchurch.

As equipes de resgate mantêm contato por telefone celular com algumas vítimas presas em edifícios que desmoronaram, e no momento o maior risco é que ocorram mais réplicas do terremoto.

Algumas pessoas presas sob escombros tiveram membros amputados para permitir seus resgates das montanhas de cimento, metal retorcido e vigas de concreto que há por quase todas as esquinas da cidade, que em sua maior parte continua sem energia elétrica.

A magnitude do terremoto causou o desprendimento de 30 milhões de toneladas de gelo de uma geleira da ilha do Sul e ondas gigantes em um lago.

A Nova Zelândia está sobre o chamado "Anel de Fogo do Pacífico" e sofre todos os anos com cerca de 14 mil movimentos telúricos, em sua maior parte de baixa intensidade.

Em setembro, um terremoto de 7,2 graus em Christchurch deixou dezenas de feridos e muitos danos materiais.

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Nova Zelândia

A Nova Zelândia (em Inglês New Zealand, em maori Aotearoa) é um país insular no sudoeste do Oceano Pacífico formado por duas massas de terra principais (comumente chamadas de Ilha do Norte e Ilha do Sul) e por numerosas ilhas menores, sendo as mais notáveis as ilhas Stewart e Chatham. O nome indígena na língua maori para a Nova Zelândia é Aotearoa, normalmente traduzido como "A Terra da Grande Nuvem Branca". Os Domínios da Nova Zelândia também incluem as Ilhas Cook e Niue (que se auto-governam mas em associação livre); Tokelau; e a Dependência de Ross (reivindicação territorial da Nova Zelândia na Antártida).

A Nova Zelândia é notável por seu isolamento geográfico: está situada a cerca de 2000 km a sudeste da Austrália, separados através do mar da Tasmânia e os seus vizinhos mais próximos ao norte são a Nova Caledônia, Fiji e Tonga. Devido ao seu isolamento, a Nova Zelândia desenvolveu uma fauna distinta dominada por pássaros, alguns dos quais foram extintos após a chegada dos seres humanos e dos mamíferos introduzidos por eles.

A maioria da população da Nova Zelândia é de ascendência Européia, os nativos Māoris são minoria. Asiáticos e polinésios não-Māori também são grupos de minoria significativa, especialmente em áreas urbanas. A língua mais falada é o Inglês.

A Nova Zelândia é um país desenvolvido que se posiciona muito bem em comparações internacionais sobre o desenvolvimento humano (o terceiro no mundo), qualidade de vida, esperança de vida, alfabetização, educação pública, paz, prosperidade, liberdade econômica, facilidade de fazer negócios, falta de corrupção, liberdade de imprensa e proteção das liberdades civis e dos direitos políticos. Suas cidades também são consideradas as mais habitáveis do mundo.

Elizabeth II, como a Rainha da Nova Zelândia, é a chefe de estado do país e é representada por um Governador-Geral cerimonial, que detém poderes de reserva. A rainha não tem nenhuma influência política real e sua posição é essencialmente simbólica. O poder político é mantido pelo democraticamente eleito Parlamento da Nova Zelândia, sob a liderança do Primeiro-Ministro, que é o chefe de governo do país.

Os primórdios da colonização

A Nova Zelândia é um dos pedaços de terra mais recentemente descobertos pelos europeus. Os primeiros povoadores conhecidos foram os polinésios orientais que, de acordo com a maioria dos pesquisadores, chegaram de canoa por volta de 1250-1300 da era cristã. Alguns pesquisadores sugeriram uma onda anterior de chegadas cujas datas remontariam a 50-150 d.C.; esses povos então desapareceram ou deixaram as ilhas. Ao longo dos séculos seguintes, esses colonos desenvolveram uma cultura distinta agora conhecida como māori. A população era dividida em iwi (tribos) e hapū (subtribos), que cooperavam, competiam e às vezes lutavam uns com os outros. Em algum momento um grupo māori migrou para as Ilhas Chatham onde desenvolveram sua distinta cultura moriori.

Os primeiros europeus conhecidos por terem chegado à Nova Zelândia foram o explorador neerlandês Abel Janszoon Tasman e sua tripulação em 1642. Os māoris mataram vários membros da tripulação e os europeus não retornaram à Nova Zelândia até a viagem do explorador britânico James Cook em 1768-71. Cook chegou à Nova Zelândia em 1769 e mapeou quase toda a linha costeira. Depois de Cook, a Nova Zelândia foi visitada por numerosos navios europeus e norte-americanos, destinados ao comércio, à caça de baleias e de leões-marinhos. Os europeus trocavam alimentos e mercadorias, especialmente ferramentas de metal e armas, por madeira, alimentos, artefatos e água māori. Em certas ocasiões, os europeus trocavam mercadorias por sexo.

A batata e a espingarda transformaram a agricultura e as formas de guerra maori, embora a resultante Guerra dos Mosquetes tenha acabado assim que o desequilíbrio de armas entre as tribos fora corrigido. Desde o início do século XIX, missionários cristãos começaram a se estabelecer na Nova Zelândia, afinal convertendo a maioria da população maori, que tinha ficado desiludida com sua fé indígena pela introdução da cultura ocidental.

Em 1769-70, James Cook dá o nome às suas duas principais ilhas. A partir de 1838, o Reino Unido decide organizar a colonização da Nova Zelândia.

Conflitos e desenvolvimento

Os britânicos então impõem a sua soberania aos chefes Maori (Tratado de Waitangi, de 1840) - garantindo-lhes o usufruto das suas terras – enquanto W. Hosbon se torna governador (1841). A colonização, organizada sistematicamente por E. G. Wakefield em detrimento dos autóctones provoca guerras Maoris (1843-1847, 1860-1870). A constituição de 1852, reforçada em 1870, confere à colônia uma grande autonomia. O regresso da paz (1870) e a descoberta do ouro (1861) proporcionam à Nova Zelândia a prosperidade. A economia orienta-se para a extensa criação e exportação maciça de carne, de lã e de produtos lácteos para a Europa. A recessão dos anos 1880 e a instauração do sufrágio universal (1889) favorecem a ascensão ao poder do partido liberal. A era liberal (1891-1912) é caracterizada por uma clara democratização da vida política, pelo desenvolvimento do sindicalismo e pela aplicação de uma legislação social avançada. Em 1907, a Nova Zelândia torna-se independente.

De uma guerra à outra

O país participou nos combates da Primeira Guerra Mundial e as perdas causadas pela guerra afetaram gravemente a demografia e a economia. Os neozelandeses, conjuntamente com a Austrália e o Reino Unido, obtiveram um mandato da Sociedade das Nações sobre as ilhas Samoa e sobre Nauru. A Nova Zelândia foi duramente afetada pela crise mundial de 1929. Ao partido nacional (coligação do partido da reforma e do partido liberal) sucedeu em 1935 o partido trabalhista. O primeiro-ministro, M. J. Savge conseguiu restabelecer a prosperidade das campanhas, múltiplas obras públicas e desenvolveu a indústria. Os neozelandeses participaram ativamente na Segunda Guerra Mundial na Europa.

Desde 1945

Após a derrota japonesa (1945), a Nova Zelândia pretende ser um parceiro integral do Sudeste asiático e do Pacífico. Em 1951, assina com os Estados Unidos e com a Austrália o tratado tripartite que estabelece o "Conselho do Pacífico" (ANZUS).

Sucedendo aos trabalhistas, o partido nacional ocupa o poder de 1949 a 1957 e de 1960 a 1972. De regresso aos negócios estrangeiros, o partido trabalhista estabelece relações diplomáticas com a China comunista (1972) e protesta contra as experiências nucleares da França no Pacífico.

Novamente ao poder em 1975, o partido nacional desenvolve os seus projetos, nomeadamente em matéria industrial e energética. As eleições de 1984 e de 1987 dão a maioria aos trabalhistas, cujo líder, David, fica como primeiro-ministro até 1989. À semelhança dos trabalhistas australianos, D. Lange conduziu uma política de desregulamentação intensiva. Liberalizou os mercados financeiros, abriu a economia nacional, privatizou numerosas empresas e aliviou a fiscalidade dos particulares e das empresas, ao preço, também neste caso, de um pesado balanço social. No plano internacional, contribuiu para a «redescoberta» do seu meio ambiente pela Nova Zelândia.

Pretendendo ser o porta-voz dos pequenos estados insulares, em particular dos polinésios, na cena mundial, encabeça os protestos contra a «nuclearização» da região e, em 1986, interdita a acesso dos portos neozelandeses aos navios americanos portadores de armas atômicas ou de propulsão nuclear. Esta posição provoca uma grave crise nas relações americano-neozelandesas e a exclusão do arquipélago da ANZUS.

Em 1989, D. Lange cede o lugar a George Palmer. Mas os trabalhistas não sobrevivem à sua partida em outubro de 1990 e assistem à vitória dos conservadores, cujo líder Jim Bolger se torna primeiro-ministro. Este prossegue a experiência liberal dos trabalhistas e mantém o saneamento da economia nacional como prioridade de ação governamental. A Nova Zelândia, que concluiu, em julho de 1990, uma união aduaneira com a Austrália, conhece, assim como este país, dificuldades associadas à coabitação entre população de origem européia e autóctone. A celebração, em fevereiro de 1990, do tratado de Waitangi de 1840 foi a ocasião para renovar protestos dos Maoris (13% da população) contra as disposições deste tratado.

Juntamente com as agências governamentais de segurança da Austrália, Canadá, Reino Unido e Estados Unidos, possui em seu território uma das estações de interceptação de telecomunicações do sistema Echelon, que é encabeçado pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos da América (NSA). A estação do sistema Echelon no país fica na cidade de Waihopai (41o34'36S 173o44'19E) e o órgão neozelandês responsável pela estação é o Security Bureau New Zealand.

POLITICA

A Nova Zelândia é uma democracia parlamentar independente. O país é oficialmente uma monarquia constitucional, do qual o Chefe de Estado titular é a rainha Elisabeth da Inglaterra, que é representada pela Governadora-Geral, Silvia Cartwright.

Historicamente, a Nova Zelândia seguiu o sistema "Westminster" britânico de governo parlamentar, mas já não há uma câmara alta, desde a abolição do Conselho Legislativo, um corpo não-eleito, no 1951. O Parlamento, que se reúne nos Prédios do Parlamento da Nova Zelândia em Wellington, é agora composto somente pela Câmara dos Representantes com 120 membros eleitos por um sistema de representação proporcional desde 1996.

Neste sistema, há 65 membros que representam distritos eleitorais, dos quais cinco são reservados para a população Maori, e os outros são seleccionados de listas de candidatos dos partidos, para produzir um resultado proporcional. Uma consequência do novo sistema é que os partidos maiores precisam do apoio dos partidos menores para formar governos de coligação. Dessa Câmara é selecionado um gabinete executivo de 20 membros, que é dirigido pelo atual primeiro-ministro, John Key, do Partido nacional, de centro-esquerda.

Atualmente, cinco outros partidos têm representação na Câmara.

ECONOMIA

A Nova Zelândia é um país moderno e industrializado. As principais indústrias exportadoras são a agricultura, a horticultura, a pesca e a silvicultura. Este país possui ainda substanciais indústrias transformadoras, turismo e serviços. Além disso, o país é grande produtor de kiwi e uva. Produz também, em grande quantidade, , estando entre os 10 maiores produtores mundiais. O país também produz um dos melhores vinhos do mundo. A moeda oficial é o Dólar Neozelandês.

A Nova Zelândia tem uma economia competitiva em nível internacional orientada para o mercado. Muita importância tem sido dada ao comércio internacional, com os bens e serviços exportados que representam um terço da produção total. Um ambiente político estável, força de trabalho instruída e a baixa corrupção fazem da Nova Zelândia um lugar fácil onde fazer negócios, além de terem uma aliança com a Austrália em sua economia, a Anzcerta: acordo comercial sobre as relações Econômicas entre Austrália e Nova Zelândia, planejado em 1985 para criar uma área de livre comércio entre os dois países.

Nas décadas de 1980 e 1990, o país passou por uma reforma econômica radical, a fim de melhorar a concorrência. A reforma removeu subsídios, tarifas e controles de preço e implementou a flutuação da taxa de câmbio; aboliu os controles no movimento de capital e privatizou muitas propriedades do Estado. Recentemente, as orientações políticas do governo encorajam o crescimento através da inovação e da criatividade.

Dona de uma das economias mais abertas do mundo, a Nova Zelândia é defensora do livre mercado. Um acordo de livre comércio abrangente e bem sucedido permite que as empresas que trabalham na Nova Zelândia tenham acesso isento de tarifas ao mercado da Austrália e vice-versa.

Milford Sound, uma das mais populares destinações turísticas.

Historicamente, a economia da Nova Zelândia desenvolveu-se a partir do setor agrícola. Os seus produtores primários estão incluídos entre os melhores do mundo. Companhias como a "Fonterra", a maior exportadora de laticínios do mundo, combinaram a solidez tradicional com a tecnologia e as práticas comerciais modernas.

A Nova Zelândia tem investido bastante no turismo, importante fonte de divisas, aproveitando-se das belas paisagens naturais. A atividade gera cerca 1,7 bilhões de dólares por ano.

Nos últimos três anos o valor de sua moeda flutuou entre 45 e 60 centavos do dólar americano.

O atual governo da Nova Zelândia é composto por uma aliança entre o Partido Trabalhista e a Coalizão Progressiva. O atual primeiro-ministro é John Key, eleito pelo voto popular em novembro de 2008. O líder da Coalizão Progressiva é Jim Anderton, ministro do Desenvolvimento Econômico. O Vice-primeiro-ministro é o Dr. Michael Cullen, também Ministro da Fazenda.

Christchurch

Christchurch (maori: Ōtautahi) é uma cidade neo-zelandesa situada na costa leste da ilha sul do país.

Sendo a segunda maior cidade da Nova Zelândia, é um importante ponto turístico, recebendo, anualmente, muitos turistas e intercambistas de todo o mundo (incluindo o Brasil), que buscam qualidade de vida, bom ensino e belas paisagens.

O navegador descobridor das ilhas da Ocêania, Cook, construiu na atual região uma capela nominada Christ Church, onde seus marinheiros e escravos rezavam e propagavam a religião católica, que hoje tem outra divisão no país, o apelidado "Catolicismo Anglicano".

Christchurch é considerada a cidade mais inglesa fora da Inglaterra; ela foi planejada em meados do século XVIII como uma cidade modelo. A praça da catedral (Cathedral Square) é o coração da cidade. Durante os dias da semana é nos degraus dessa praça que "The Wizard" sempre está a criar polêmicas discussões que vão desde aliens, fadas, religião até arte, crianças, mulheres, e banqueiros.

Apesar de ter apenas 349.000 habitantes, o que é considerado pouco comparando com o padrão das cidades grandes brasileiras, Christchurch é a segunda maior cidade da Nova Zelândia, sendo Auckland a maior cidade. E está localizada na ilha do norte.

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