domingo, 26 de junho de 2011

Situação do Senegal



Senegal

Senegal é um país da África Ocidental, limitado a norte pela Mauritânia, a leste pelo Mali, a sul pela Guiné e pela Guiné-Bissau e a oeste pelo Oceano Atlântico e pela Gâmbia. É o mais próximo vizinho de Cabo Verde, arquipélago que se espalha pelo Atlântico a ocidente do cabo Verde. Sua capital é Dakar. Possui uma particularidade que é a de abrigar dentro do seu território a República de Gâmbia como se fosse uma ilha dentro do Senegal.
Localizado na costa oeste da África, o Senegal ocupa uma planície semiárida, coberta por savana e irrigada por três grandes rios: SenegalGâmbia Casamance. De forte influência francesa, a capital senegalesa Dacar, fica no ponto mais ocidental da África. O turismo ganha força graças à diversidade da fauna, em especial de pássaros. O país exporta pescado e amendoim. A maioria dos senegales segue uma forma particular de islamismo, com base nos preceitos do asceta Amadou Bamba. Milhares de peregrinos visitam anualmente sua sepultura na cidade sagrada de Touba.
Diversos restos pré-históricos comprovam que a ocupação humana do atual território do Senegal remonta a mais de 350.000 anos atrás. O historiador árabe al-Bekri já se referia no ano de 1068 ao reino de Tekrour, situado no atual território do Senegal e cuja fundação dataria do início da era cristã. Após o estabelecimento de relações com o norte da África, no século X, a população do reino converteu-se ao islamismo.
costa senegalesa foi um dos territórios da África Negra colonizados pelos europeus. A ilha de Gorée, em frente a Dakar, foi durante séculos um dos mais importantes centros de tráfico de escravos da África. Ali se estabeleceram primeiro os portugueses, que haviam dobrado o cabo Verde em 1444; depois os holandeses, e finalmente os franceses, que em 1638 fundaram um entreposto comercial na foz do rio Senegal. Ao longo dos séculos XVII e XVIII os colonizadores europeus exportaram escravosgoma arábicaouro e marfim do Senegal. Uma feitoria francesa estabelecida na foz do rio transformou-se na cidade de Saint Louis. Entre 1693 a 1814, a França e o Reino Unido se alternaram no controle do litoral senegalês.
Depois de sofrer uma ocupação britânica, em 1816Saint Louis e a ilha de Gorée, que haviam sido atribuídas à França pelo Tratado de Paris, de 1814, voltaram efetivamente ao domínio francês no ano seguinte. Na época de Napoleão III os franceses penetraram no interior do território, sob o comando de Louis-Léon Faidherbe, que o ocupou efetivamente e o transformou em ponta-de-lança da colonização francesa na África negra. No fim do século XIX, o Senegal passou a integrar a África Ocidental Francesa, e parte dos habitantes urbanos do país obteve a cidadania francesa. Em 1946 a medida foi estendida a todos senegaleses e o país tornou-se território ultramarino da França.
Em 1958, a antiga colônia tornou-se uma república autônoma e no ano seguinte, sob o patrocínio da metrópole, se uniu ao Sudão Francês (depois Mali) para formar a Federação do Mali, que se tornou independente em junho de 1960. Em agosto de do mesmo ano, o Senegal rompeu seu vínculo com a federação, declarou-se independente e elegeu como presidente Léopold Sédar Senghor.
Político moderado e intelectual de grande prestígio, tido internacionalmente como um dos maiores poetas da ÁfricaSenghor governou o país por vinte anos, até 1981, quando renunciou por idade, a favor de seu primeiro-ministroAbdou Diouf. No mesmo ano, um golpe de estado na vizinha Gâmbia motivou a intervenção de tropas senegalesas, e em 1º de fevereiro de 1982 foi constituída a Confederação da Senegâmbia, acordo entre os dois países em questões militareseconômicas e de política exterior, sem prejuízo de suas próprias soberanias e respectivas instituições internas.
Vitorioso nas eleições presidenciais de fevereiro de 1983, Diouf aumentou seus poderes, abolindo o cargo de primeiro ministro. Nos últimos anos da década de 1980, manifestações separatistas de Casamance tumultuaram a situação do país. Diouf foi reeleito em 1988 e 1993, em meio a acusações de fraude, mas os resultados dos pleitos foram confirmados pela justiça.
Nas eleições presidenciais de 2000Abdoulaye Wade, do Partido Democrático Senegalês (PDS), derrota Diouf e é eleito presidente. Desde 1982, o Movimento das Forças Democráticas de Casamance (MFDC) luta pela independência da região de Casamance, ao sul de Gâmbia. Apesar de acordos de cessar-fogo em 2000 e 2001, os combates prosseguem.
Em 2001, uma nova constituição é aprovada. Em 2004, o governo chega a um acordo com os separatistas de Casamance, mas uma facção rebelde continua lutando. Em 2005, a Espanha aceita receber imigrantes legais do Senegal, para conter fluxo migratório ilegal às ilhas Canárias, arquipélago espanhol na costa africana.
Nas eleições presidenciais de 2007, Wade é reeleito com 55,9% dos votos. No mesmo ano, a coalização liderada pelo PDS conquista 131 das 150 cadeiras da Assembleia Nacional, sob boicote da oposição. Cheiki Hadjibou Soumaré torna-se primeiro-ministro. Em outubro de 2008, a ONU destina 15 milhões de dólares para 36 mil produtores de amendoim.
Nas eleições locais de 2009, o partido governista sofre grande derrota da oposição, o que leva o primeiro-ministro Soumaré a renunciar em abril. No mês seguinte, Souleymane Ndéné Ndiaye assume o cargo. Em setembro, recrudesce a violência em Casamance, perto da Guiné-BissauSeparatistas matam seis soldados e um civil, enquanto os militares bombardeiam uma base rebelde. Centenas de pessoas fogem da área de conflito.
Islã, a religião dominante de Senegal, chegou primeiro a esta região no século XI. Dos reinos nativos, o império Jolof do século XIV foi o mais poderoso. Várias potências européias chegaram à área desde o século XV, até que França acabou controlando o que se tinha convertido num importante ponto de saída para o comércio de escravos.
Dakar se converteu na capital da colônia francesa de África Ocidental Francesa em 1902. Em janeiro de 1959, Senegal e o Sudão Francês se uniram para formar a Federação de Mali, a qual se voltou totalmente independente em 20 de junho de 1960, como resultado da independência e a transferência do poder, acordo assinado com França n4 de abril de 1960. Devido a dificuldades políticas internas, a federação se dissolveu o 20 de agosto de 1960. Senegal e o Sudão Francês (renomeado como a República de Mali) proclamaram sua independência individualmente.
Senegal se uniu com Gâmbia para formar a confederação nominal de Senegâmbia em 1982. No entanto, a integração concebida dos dois países nunca se levou a cabo e a união foi dissolvida em 1989. Apesar das conversas de paz, um grupo separatista na região de Casamança chocou esporadicamente com as forças do governo desde 1982. Senegal tem uma longa história de participações na pacificação internacional.
Em janeiro de 1994 o Senegal adotou um profundo programa de reforma econômica com o apoio da comunidade de doadores internacionais. Esta reforma começou com uma desvalorização em 50% da moeda senegalesa, o Franco CFA, que era mantido a uma taxa de câmbio fixa em relação ao franco francês. Os controles de preços do governo e os subsídios foram desmantelados. Após disto, o país teve uma grande mudança graças a este programa de reformas, com o PIB real crescendo a médias superiores a 5% ao ano entre 1995 e 2004. A inflação anual foi reduzida para um dígito. Como Membro da União Econômica e Monetária do Oeste da África (WAEMU), o Senegal tem trabalhado pela integração econômica regional com uma tarifa externa única e uma política monetária mais estável. No entanto, o país ainda depende de doadores internacionais. Sob o programa do Fundo Monetário Internacional para a dívida dos países pobres, o Senegal se beneficiará da erradicação de dois terços de suas dívidas bilaterais, multilaterais, e do setor privado.
pesca é o setor líder das exportações senegalesas. Suas receitas atingiram US$239 milhões em 2000. As operações de industrialização pesqueira lutam contra os altos custos, e o atum senegalês tem perdido o mercado francês para os competidores asiáticos, mais eficientes. As exportações de fosfato, o segundo produto da economia, têm permanecido estáveis, em torno de US$ 95 milhões anuais.

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