50% de analfabetos em Moçambique
Em Moçambique, onde cerca de metade da população não sabe ler nem escrever, o governo está a tentar aumentar as taxas de alfabetismo e a primeira dama assumiu a liderança na recolha de fundos para o desenvolvimento de uma política de direito à educação, particularmente das mulheres.
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Moçambique
Moçambique é um país na costa oriental da África Austral, limitado a norte pela Tanzânia, a noroeste pelo Malawi e Zâmbia, a oeste pelo Zimbabwe e a leste pelo Canal de Moçambique e Oceano Índico, a sul e sudoeste pela África do Sul e Suazilândia. No Canal de Moçambique, tem vários vizinhos, as Comores, Madagáscar, a coletividade departamental francesa de Mayotte, o departamento francês da Reunião, e as ilhas Juan de Nova, Bassas da Índia e Ilha Europa do distrito Ilhas Esparsas das Terras Austrais e Antárticas Francesas.
Esta antiga colónia e província ultramarina de Portugal, teve a sua independência a 25 de junho de 1975. Faz parte da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), da SADC, da Commonwealth, da Organização da Conferência Islâmica e da ONU. Sua capital e maior cidade é Maputo.
A história de Moçambique encontra-se documentada pelo menos a partir do século X, quando um estudioso viajante árabe, Al-Masudi, descreveu uma importante atividade comercial entre as nações da região do Golfo Pérsico e os "Zanj" da "Bilad as Sofala", que incluía grande parte da costa norte e centro do atual Moçambique.
No entanto, vários achados arqueológicos permitem caracterizar a "pré-história" do país (antes da escrita). Provavelmente o evento mais importante dessa pré-história seja a fixação nesta região dos povos bantus que, não só eram agricultores, mas introduziram a metalurgia do ferro, entre os séculos I e IV.
Entre os séculos X e XIX existiram no território que atualmente é Moçambique vários estados bantus, o mais conhecido foi o império dos Mwenemutapas (ou Monomotapa).
A penetração portuguesa em Moçambique, iniciada no início do século XVI, só em 1885 — com a partilha de África pelas potências europeias durante a Conferência de Berlim — se transformou numa ocupação militar, com a submissão total dos estados ali existentes, levando, no início do século XX, a uma verdadeira administração colonial.
Depois de uma guerra de libertação que durou cerca de 10 anos, Moçambique tornou-se independente em 25 de Junho de 1975, na sequência da Revolução dos Cravos, a seguir à qual o governo português assinou com a Frelimo os Acordos de Lusaka. Após a independência, com a denominação de República Popular de Moçambique, foi instituído no país um regime socialista de partido único, cuja base de sustentação política e econômica se viria a degradar progressivamente até à abertura feita nos anos de 1986-1987, quando foram assinados acordos com o Banco Mundial e FMI. A abertura do regime foi ditada pela crise econômica em que o país se encontrava, pelo desencanto popular com as políticas de cunho socialista e pelas consequências insuportáveis da guerra civil que o país atravessou entre 1976 e 1992.
Na sequência do Acordo Geral de Paz, assinado entre os presidentes de Moçambique e da Renamo, o país assumiu o pluripartidarismo, tendo tido as primeiras eleições com a participação de vários partidos em 1994.
Para além de membro da ONU, da União Africana e da Commonwealth, Moçambique é igualmente membro fundador da SADC (Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral) e, desde 1996, da Organização da Conferência Islâmica.
Moçambique tem uma população de 20.579.265 de acordo com o censo de 2007, 37% da população concentra-se nas cidades, e a restante nos campos. As principais cidades são Maputo (931 600 habitantes), Beira (298 800) e Nampula (250 500) (dados de 1991). Apesar da guerra, as catástrofes e epidemias, a taxa de crescimento populacional contínua elevada.
Moçambique é uma república presidencialista cujo governo é formado pelo partido político com maioria parlamentar. As eleições são realizadas a cada cinco anos.
A Frelimo foi o movimento que lutou pela libertação desde o início da década de sessenta. Após a independência, passou a controlar exclusivamente o poder, aliada aos países do então "bloco socialista", e introduzindo um sistema político de partido único, até certo ponto semelhante ao práticado naqueles países. O regime provocou a hostilidade dos estados vizinhos segregacionistas existentes na altura, África do Sul e Rodésia, que apoiaram elementos brancos recolonizadores e guerrilhas internas. Esta situação viria a se transformar em uma guerra civil de 16 anos.
Samora Machel foi o primeiro presidente de Moçambique independente e ocupou este cargo até à sua morte em 1986. O seu sucessor, Joaquim Chissano, negociou o fim da guerra civil e introduziu um sistema multipartidário que integrou o principal movimento rebelde, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). Neste novo sistema, a Frelimo permaneceu no poder até os dias atuais, tendo ganho as eleições parlamentares realizadas em 1994, 1999, 2004 e 2009, mesmo com acusações de fraudes.
Embora o regime prevalecendo em Moçambique desde inícios dos anos 1990 não acusasse o mesmo grau de autoritarismo como a sua congênere em Angola, evidenciou sempre déficit democrático que o sucessor de Joaquim Chissano, Armando Guebuza, tenta de certo modo colmatar dos anos 2000.
Cerca de 45% do território moçambicano tem potencial para agricultura, porém 80% dela é de subsistência. Há extração de madeira das florestas nativas. A reconstrução da economia (após o fim da guerra civil em 1992, e das enchentes de 2000) foi dificultada pela existência de minas terrestres não desativadas. O Produto interno bruto de Moçambique foi de US$ 3,6 bilhões em 2001. O país é membro da União Africana.
Principais produtos agrícolas
- Algodão
- Cana-de-açúcar
- Castanha-de-caju
- Copra (polpa do coco)
- Mandioca
[editar]Pecuária
Pesca
A cifra oficial de capturas era de 30,2 mil toneladas em 1996. O camarão é um dos principais produtos de exportação.
Minérios
Os principais recursos minerais incluem carvão, sal, grafite, bauxita, ouro, pedras preciosas e semipreciosas. Possui também reservas de gás natural e mármore.
Indústria
É pouco desenvolvida, mas autossuficiente em tabaco e bebidas (cerveja). No ano 2000, foi inaugurada uma fundição de alumínio que aumentou o PIB (Produto Interno Bruto) em 500%. Para atrair investimentos estrangeiros, o governo criou os "corredores de desenvolvimento" de Maputo, Beira e Nacala, com acesso rodoviário, suprimento de energia elétrica, e com ligação por ferrovia até aos países vizinhos.
Estradas e pontes
Moçambique é um País percorrido por uma extensão de 30 056 Kms de estrada. Este foi um dos setores mais afetados durante a guerra civil, entretanto, nos últimos tempos está a reerguer-se.
Nos últimos anos, o Governo de Moçambique, com ajuda de seus parceiros, ciente de que as infra-estruturas rodoviárias são de extrema importância para o desenvolvimento de Moçambique tem estado a investir muito neste setor.
Através da ANE (Administração Nacional de Estradas) vários troços de estradas estão a ser construídos e reabilitados. A grande realização deste setor foi a construção da Ponte Armando Emílio Guebuza sobre o Rio Zambeze, que liga o sul/centro ao norte do País.
O país tem um grande potencial turístico, destacando-se as praias e zonas propícias ao mergulho nos seus mais de dois mil km de litoral, e os parques e reservas da natureza no interior do país.
Moçambique é reconhecido por seus artistas plásticos: escultores (principalmente da etnia Makonde) e pintores (inclusive em tecido, técnica batik). Artistas como Malangatana, Gemuce, Naguib, Ismael Abdula, Samat e Idasse destacam-se na área de pintura. A música vocal moçambicana também impressiona os visitantes. A timbila chope foi considerada Patrimônio Mundial.
De acordo com o artigo 10 da nova Constituição , de 2004, "Na República de Moçambique, a língua portuguesa é a língua oficial". No entanto, consoante o Recenseamento Geral da População e Habitação, realizado em 1997, ela é língua materna de apenas 6% da população, número que, na cidade de Maputo, chega aos 25%, apesar de cerca de 40% dos moçambicanos terem declarado que a sabiam falar (em Maputo, 87%).
O artigo 9 da Constituição diz ainda: "O Estado valoriza as línguas nacionais como património cultural e educacional e promove o seu desenvolvimento e utilização crescente como línguas veiculares da nossa identidade". Em Moçambique foram identificadas diversas línguas nacionais, todas da grande família de línguas bantu, sendo as principais (de sul para norte): XiTsonga, XiChope, BiTonga, XiSena, XiShona, ciNyungwe, eChuwabo, eMacua, eKoti,eLomwe, ciNyanja, ciYao, XiMaconde e kiMwani.
Mercê da considerável comunidade asiática radicada em Moçambique, são também falados o urdu e o gujarati.
Moçambique é reconhecido por seus dotes culinários. Tem muitos pratos típicos. A maioria são pratos principais. Aqui vem uma lista de alguns pratos:
- Amêijoas com Leite de Coco
- Arroz de Bacalhau
- Arroz de Coco e Papaia
- Bifinhos com Caju
- Bolo Catembe
- Bolo de Caju e Batata
- Bolo de Castanha de Caju
- Bolo de Figos
- Bolo de Mandioca
- Bolo do Maputo
- Caldeirada de Cabrito
- Camarão com Alho
- Camarão Tigre Grelhado
- Camarões Fritos
- Caranguejo Recheado
- Cacana
- Caril de amendoim
- Caril de Camarão em Ananás
- Caril de caranguejo
- Caril de Galinha
- Caril de Galinha com Amendoim
- Chiguinha
- Chima de Arroz
- Creme de Mandioca
- Delícias de Camarão
- Doce de Amendoim
- Doce de Batata
- Feijoada de Marisco
- Fofos de Arroz
- Frango à Cafreal
- Frango Abafado
- Frango com Amendoim e Caju
- Galinha à Manduca
- Galinha com Caju Verde
- Guisado de Caranguejo
- Matapa (folha de mandioca ou couve com amendoim)
- Molho de Piri-piri
- Patê de Miúdos
- Pato com Bambu
- Peixe à Lumbo
- Sobremesa de Abacate
- Sopa Rica de Mariscos
- Xima
- Cacana
- Mathapa com Caranguejo
- Tihove
- Xiguinha
- Mbambane
- Mucapata
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